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sexta-feira, 26 de setembro de 2014

Cinco ideias do discurso viral de Emma Watson na ONU




Postado em 25 set 2014


Publicado originalmente na BBC Brasil.


 

O discurso da atriz britânica Emma Watson sobre feminismo na ONU foi compartilhado por milhões de pessoas nas redes sociais e gerou reações extremas como ameças de publicação de fotos nuas da atriz na internet.

Por que as palavras de Watson, que é embaixadora da boa vontade da ONU Mulheres, tiveram tamanha repercussão?

Veja abaixo cinco ideias centrais do discurso.

Homens devem aderir ao feminismo

O feminismo, segundo Watson, não deve ser uma luta apenas feminina. Ser feminista não significa odiar homens.

“Quanto mais eu falo de feminismo, mais entendo que lutar pelos direitos das mulheres se tornou – em muitos casos – sinônimo de odiar os homens. Se tenho certeza de uma coisa é de que isso tem de terminar.”

“Se não se obriga um homem a acreditar que precisa ser agressivo, a mulher não será submissa. Se não se ensina a um homem que tem de ser controlador, a mulher não será controlada”.

“Quero que os homens se comprometam para que, assim, suas filhas, irmãs e mães se libertem do preconceito e também para que seus filhos sintam que têm permissão para serem vulneráveis, humanos e uma versão mais honesta e completa deles mesmos”.

Homens e mulheres devem ter os mesmos direitos e oportunidades

A atriz disse ser privilegiada por ter tido pais que não a amaram menos por ser menina, por ter tido mentores que não limitaram suas oportunidades imaginando que filhos atrapalhariam seus planos. Isso também é ser feminista, segundo a atriz.

“O feminismo, por definição, é acreditar que tanto homens como mulheres devem ter direitos e oportunidades iguais. É a teoria política, econômica e social da igualdade de sexos”.

Feminismo ficou ‘fora de moda’

Watson contou que, aos 8 anos, ficava confusa quando a acusavam de ser “mandona”, por querer dirigir as peças teatrais na escola. Para os meninos, não diziam o mesmo.

Aos 14 anos, disse que sua imagem começou a ser ‘sexualizada’ por partes da imprensa. Aos 15, amigas abandonaram certos esportes para evitar excesso de músculos. Aos 18 anos, tinha amigos homens incapazes de expressar sentimentos.

“Decidi, então, que era uma feminista. Mas minhas pesquisas demonstram que o feminismo virou uma palavra ‘fora de moda’”.

Para ela, feministas atualmente são vistas como anti-homens, agressivas e pouco atraentes.

Mulheres devem ter direito de decidir sobre seu próprio corpo

“Nasci na Grã-Bretanha e creio que o justo é que me paguem o mesmo que a meus companheiros homens, que possa tomar decisões sobre meu próprio corpo e que as mulheres tenham um papel na criação de políticas que afetarão minha vida”.

“Mereço o mesmo respeito que um homem, mas lamentavelmente não existe um país no mundo no qual todas as mulheres recebam esses direitos”.

É preciso agir agora

A atriz convidou a todos que se perguntem: “Se não for eu, quem? Se não for agora, quando?”

“Se não fizermos dada hoje, passarão 75 anos ou talvez 100 para que uma mulher possa esperar receber o mesmo salário que um homem pelo mesmo trabalho. Mais de 15 milhões de meninas serão forçadas a se casar nos próximos 16 anos, mesmo que ainda sendo meninas”.

Se os dados atuais se mantiverem, só em 2086 as mulheres das áreas rurais da África poderão frequentar a escola secundária.

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