Depois Marina Silva vem chorar, dizendo ser vítima de “boatos e mentiras”, convocando coxinhas para desmenti-los.
Ora, desmentir o que? Seu próprio coordenador de campanha, em discurso a empresários, copia o discurso tucano sobre o pré-sal e fala que o governo Marina mudará o modelo de partilha, para entregar fatias maiores de nosso petróleo a companhias estrangeiras.
A troco de que? Em menos de oito anos, o pré-sal ja está chegando perto de 600 mil barris/ dia! Trata-se de um saldo de produtividade sem comparação em nenhum lugar do mundo.
A dívida da Petrobrás já começou a cair, naturalmente, por causa do aumento da produção de petróleo.
A dívida aumentou porque os primeiros anos do pré-sal foram anos puramente de cultivo. Nada de colheita.
Esse tempo já terminou. O pré-sal já é uma realidade. A partir de agora, a produção só tende a aumentar, rapidamente.
Em cinco ou seis anos, estaremos produzindo quase 6 milhões de barris por dia!
O Brasil perdeu oportunidades com o açúcar, o ouro e o café. Não é possível agora que haja gente defendendo que percamos a chance de usarmos o petróleo para, finalmente, nos tornarmos um país desenvolvido, alegando que não temos competência para explorar essa riqueza.
O modelo de partilha já prevê a participação estrangeira, mas o petróleo permanece nosso, e a maior parte dos recursos fica aqui.
O atual modelo não é nenhum bicho-papão. Não tem nada de “comunista” ou “doutrinário”. É um modelo usado na Noruega, na Rússia, na Arábia Saudita, em quase todos os grandes produtores de petróleo que entendem a importância deste recurso para seu próprio desenvolvimento.
Aliás, “doutrinário” é um eufemismo entreguista para criticar o uso do conceito de nacionalismo.
O leilão de Libra está aí para provar que o entreguismo tucano da campanha de Marina é equivocado. Houve participação estrangeira (China e Espanha) no leilão, houve investimento externo, tudo dentro do modelo de partilha, com a exploração do petróleo continuando sob nosso controle.
O PSB de Marina Silva quer mudar o modelo, para dar mais vantagens a empresas estrangeiras, e acabar com a política de conteúdo nacional, que provocou o ressurgimento da indústria naval, injetando dinheiro e empregos em nossa economia.
Não vale chorar, Marina.
Quem tem de chorar somos nós, ao ler seu programa de governo e escutar as propostas de seu coordenador de campanha.
Nenhum comentário:
Postar um comentário