O economista e ganhador do prêmio Nobel Joseph Stiglitz, que já foi presidente do Banco Mundial, fez uma análise fundamental sobre um tema que está bastante presente nas manchetes dos jornais do Brasil ultimamente: a autonomia do Banco Central.
“Não existem instituições totalmente independentes.
Todas as instituições públicas respondem a alguém, a única questão é saber a quem”, explicou.
Trocando em miúdos, o Banco Central sempre vai responder a alguém, a questão é saber se responderá aos interesses do povo ou aos interesses do mercado financeiro.
Para Stiglitz, a autonomia completa do Banco Central é superestimada: “Na melhor das hipóteses, essa posição é questionável.
Na crise, os países com bancos centrais menos independentes como China, Índia e Brasil fizeram muito, mas muito melhor mesmo do que países com bancos centrais mais independentes, caso da Europa e dos Estados Unidos”.
As declarações foram feitas em uma palestra na sede do Banco Central da Índia.
Na campanha para as eleições presidenciais deste ano, Marina Silva (PSB) e Aécio Neves (PSDB) têm se posicionado a favor da autonomia institucionalizada do Banco Central, ou seja, por meio de uma lei específica.
Isso quer dizer que o presidente da principal autoridade monetária do nosso país não seria mais escolhido pelo presidente da República, representante direto do povo, e o cargo mais alto no BC ficaria nas mãos de técnicos, que não têm compromisso com o projeto politico escolhido pela população e que vão controlar as taxas de juro, crédito e geração de empregos.
Isso pode encarecer os financiamentos, gerar desemprego e diminuir o crédito, com a justificativa de conter a inflação, por exemplo – um pensamento característico dos neoliberalistas.
Já a presidenta Dilma Rouseff mantém a sua posição de defender a autonomia operacional do Banco Central, como aconteceu no governo Lula e como tem sido no seu.
Isso quer dizer que o BC pode decidir internamente quais medidas tomar para atingir as metas estabelecidas pelo governo.
No entanto, gerar um descompasso entre quem cuida da política monetária do país e quem gere a política financeira, atribuição do governo federal, poderia trazer consequências catastróficas aos brasileiros.
Nós, que conquistamos as oportunidades oferecidas por Lula e Dilma, não queremos voltar ao passado.
O mundo inteiro já enxerga o que os candidatos de oposição fingem não ver.
A política econômica que Lula e Dilma estruturaram no Brasil nos últimos anos permitiu que sentíssemos menos os efeitos da crise econômica pela qual ainda passa o mundo todo.
Enquanto 60 milhões de pessoas perderam seus empregos e grandes potências mundiais arrocharam salários e cortaram direitos sociais, o Brasil continua gerando emprego e renda e promovendo inclusão social a milhões de brasileiros.
Apesar dos números serem claros, tem gente por aí tentando disseminar oterror econômico, dizendo que o país não cresce - sem explicar o contexto atual da economia do mundo - e colar o monstro da inflação descontrolada na presidenta Dilma.
Mas o resto do mundo todo reconhece nosso sucesso e os brasileiros também vão reconhecer e votar por continuar as mudanças positivas no Brasil, com a reeleição de Dilma Rousseff.
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