O recado das urnas no Rio e o comportamento da Esquerda
NO FACE, HÁ 11 HORAS · PÚBLICO
A política se expressa de muitas formas e, neste momento pós eleições municipais do Rio, vale uma pequena reflexão. As urnas falam e falam bem alto. Porém os gestos também falam alto, pois refletem uma visão de presente e de futuro, direcionam estratégias, determinam aliados, a relação com eles e compromissos reais com o povo.
A vitória da negação da política e o comando da prefeitura do Rio em mãos conservadoras são um retrocesso. Lamento sinceramente a derrota de Marcelo Freixo, candidato apoiado por nós do PCdoB e demais forças de esquerda no segundo turno.
O palanque de Marcelo Crivella mostrou uma unidade de centro-direita, com lideranças religiosas e a expressão de uma visão atrasada de como “cuidar das pessoas”, por meio da negação da diversidade e pluralidade, características muito fortes na sociedade carioca.
O processo eleitoral ocorreu debaixo de um golpe institucional, da violação da nossa Constituição, da criminalização da política, com foco na eliminação da esquerda que governou o Brasil e em consequência dos direitos por ela garantidos.
Sinais de fascismo e Estado de exceção com envolvimento de agentes públicos dos três Poderes marcaram os últimos meses, contando com amplificação e consolidação da criminalização da política pela Grande Mídia, particularmente pelo sistema Globo de televisão, rádio, jornais e revistas semanais. Ao analisar este cenário, não concordo com os que acham que os erros da Esquerda foram a razão do golpe e da desesperança do povo, mesmo admitindo que existiram muitos erros.
Tudo isso tem exigido de nós uma demarcação clara de campo, a inserção da cidade que queremos neste contexto e o máximo de unidade possível do campo mais avançado e da Esquerda em particular. Todos sabíamos que no primeiro turno, o voto útil unificaria a opção do eleitorado à esquerda. Ficou claro que minha candidatura foi atingida por este movimento.
No segundo turno, porém, a unidade e a ampliação seriam fundamentais para enfrentar no Rio a onda conservadora que varreu o Brasil. Ainda que não ganhássemos a eleição, teríamos dado um grande passo em direção a uma perspectiva futura de unidade das esquerdas e do campo progressista. A soma não é apenas matemática, mas de forte simbolismo político.
No entanto, não dar visibilidade ao apoio do PT, da REDE e do PCdoB foi uma opção nítida da campanha de Marcelo Freixo, e a única alternativa que nos restou foi respeitar uma estratégia onde não cabíamos. Falando por minha candidatura, reafirmo meu compromisso no segundo turno, quando declarei apoio à candidatura do PSOL antes mesmo de terminada a apuração dos votos do primeiro turno.
Fizemos outras declarações públicas durante o processo, com vídeos, presença em atos na Cinelândia – como o de mulheres – com nossa tradicional militância presente na rua durante todo o tempo e de forma muito bonita. Mas é necessário dizer à sociedade que, se mais não fizemos foi porque entendemos o recado e respeitamos a decisão da candidatura de Freixo, que não buscou a nossa opinião, muito menos a nossa presença em demais atividades, imagens, TV e redes sociais.
Ao emitir uma “Carta aos Cariocas” para, tardiamente, atrair o eleitor de classe média mais ao centro, equivocou-se. Na minha opinião, seu conteúdo reforçou um movimento de “despolitização da política” fortemente presente no país, que acabou marcando as duas campanhas neste segundo turno e que pode ter contribuído para o altíssimo índice de abstenções. Isso foi visto, sintomaticamente, em maior grau na Zona Sul e bairros de classe média do que nos territórios populares.
A história já diz. As vitórias eleitorais da Esquerda no Rio sempre estiveram respaldadas no voto popular, e grandes votações nas zonas norte e oeste. Foi assim nas eleições de Brizola para governador em 1982 e em 1990. Lula, por exemplo, sempre teve votações expressivas no Rio de Janeiro, desde a sua primeira campanha em 1989. Em 2002 e em 2006, teve média de 70% dos votos nas zonas norte e oeste, performance repetida por Dilma em 2010.
O PSOL, que optou por não receber o apoio de Lula em sua campanha, nunca conseguiu chegar perto deste patamar nas regiões populares desta cidade. Faltou povo no seu eleitorado, porque talvez falte construir pontes com os setores da esquerda que construíram lastro e raízes históricas junto aos setores populares. Como escreveu Sidney Rezende em seu portal, “ajudar a Direita a desconstruir os demais partidos de Esquerda, principalmente o PT, pode abrir estradas ao PSOL, mas pode afastar delas quem ainda acredita que a esquerda mais unida, ainda que com divergências, seja indispensável para merecer seu voto”.
E a segunda lição das urnas para o PSOL é que a ofensiva anti-PT e anti-esquerda desencadeada nestas eleições municipais atinge também o próprio PSOL. O partido perdeu as 3 eleições que disputou nesse segundo turno, e vai governar apenas 2 pequenos municípios em todo o país. Pau que bate em Chico, bate em Francisco.
O mapa da votação na cidade é eloquente e fala por si. Esquerda sem povo e sem ampliação não vai muito longe, como a história das batalhas eleitorais do Rio nos ensina.
A responsabilidade agora é de todos nós.
Olhar para o futuro e repensar o papel da Esquerda, dos movimentos sociais em conteúdo, gestos e forma de relação com a sociedade, particularmente o povo trabalhador e menos aquinhoado. No centro do nosso projeto deve estar a recuperação democrática, os direitos e o desenvolvimento do nosso país.
Os desafios são muitos e devemos trabalhar em unidade e frentes amplas que nos permitam recuperar nossa referência. Devemos reconhecer a lição que saiu das urnas e seguir apoiando e incentivando a juventude em luta nas periferias, nas escolas e universidades ocupadas, os trabalhadores e mulheres guerreiras, os artistas que se expuseram com riscos reais para suas carreiras.
Há muito que fazer para superar os nossos limites e visões que dificultam composições mais amplas no campo da Esquerda e dos setores progressistas. É preciso permitir acumular forças entre os que defendem, como nós, um futuro de politização, ampliação da democracia e vitória do nosso povo contra a dramática agenda de Estado mínimo em implantação por este governo ilegítimo.
Marcia Oliveira
Que o PC doB, PT e movimentos sociais liderem essa luta e nos iremos juntos como foi ate agora. O momento eh grave demais pra perdemos tempo com crises de egos atormentados. Inflexibilidade na politica eh burrice, etica e integridade sao fundamentais. Dep Jandira Feghali tive muito orgulho da sua campanha e postura no seg turno. Essa crise esta servindo pra termos uma visao clara de quais sao os politicos q valem nosso voto. Estamos juntos. Somos pelo menos 54 milhoes q lutam pra ter seus votos restituidos, respeitados. Vamoqvamo
Laura Dantas
Ótima reflexão Jandira!
As lideranças de esquerda precisam ser capazes de debater as diferenças estabelecer pontos em comum para formar uma frente que possa se opor a este avanço conservador!
As lideranças de esquerda precisam ser capazes de debater as diferenças estabelecer pontos em comum para formar uma frente que possa se opor a este avanço conservador!
Hister Gonring
Isso ai que aconteceu no Rio que sirva de exemplo para união das forças de esquerda, assim teremos um crescimento seguro, esquecemos tantos nomes de partidos, mas lembramos que somos todos de luta, pelo mesmo objetivo, porque não estar juntos, engolir orgulho e uma andorinha só não faz verão. Parabéns Jandira, você sempre no caminho do povo para o povo.
Diego Leite
Falou exatamente tudo que deveria ser falado! Te admiro muito, Jandira Feghali. Abraço fraterno.
Andréa Träume
Orgulho de ter votado em ti no primeiro turno 😉
O Brasil precisa de mais mulheres como você 🙋🏻
O Brasil precisa de mais mulheres como você 🙋🏻
Jose R Silva
Cara Jandira, eu li que ele esnobou o Lula não o queria em seu palanque, então a derrota era uma questão de tempo.
Cesar Calixto
Freixo desfez do PT pensou que poderia vencer com o apoio da Mídia pilantra
Wesley Brust
A questão da incompetência da esquerda para trabalhar unida é histórica e precisa ser estrategicamente resolvida. É insuportável essa incapacidade.
Casemiro Silva
Ficou claro pra todo mundo que o PSOL, nessas eleições, cavou com a Globo e explorou o campo da chamada terceira via - 'nem esquerda', 'nem direita' - que, no fundo, a gente sabe muito bem que não passa de mais um dos tantos disfarces da direita, filme já visto com Gabeira e que deu onde deu.
Mas é evidente que não há vitória, qdo um golpista vence as eleições. A luta contra o golpe, até 2018, será puxada no Rio de Janeiro e a nova aliança Globo-Psol, pelo visto, seguirá como uma força pra enterrar de vez o PT, projetar essa "nova Marina" da Zona Sul - que é aceito no Leblon e na São Salvador justamente por falar muito, de tudo, e não ameaçar nada.
Vejam as primeiras palavras de Freixo, logo após a derrota: "O Rio de Janeiro mostra ao Brasil que é possível fazer política sem se vender..." Freixo, vestido de camisa social "azul tucana", nacionaliza espertamente a derrota tentando transformar em vitória da ética , com um discurso moralista que já tinha usado na sabatina do Globo dizendo, sem ser perguntado (registre-se) que ele, diferente de outros, "não ía comprar vereador pra poder governar".
Luciano Genro culpa o PT pela derrota no Rio. Milton Temer escreve um textão didático pra explicar o 'mal' que o Lula e Dilma fizeram ao país, minutos depois do resultado do TRE. Ontem, na Folha, pela manhã, o presidente do Psol diz que eles vem pra ocupar o espaço advinha de quem?! Disse que até o Temer fazia um ajuste com mais propriedade e só faltou chamar Lula de farsa, como fez Tarcísio Motta logo depois de sua vinda à Lapa pra lutar contra o golpe.
Nada disso é a toa. Pois em política, nada é a toa. Após Freixo falar, corta pra Cristiana Lobo e pros famigerados da Globo News, apontando aí um novo momento pra direita e até para o protagonismo da esquerda, com a derrocada do PT que comemoram naquele cenário mais cafona do que o da Igreja Universal.
A gente que se prepare, pela Globo, pelo moralista do Freixo e seus colegas de Psol, vem chumbo ainda mais grosso pra cima de Lula, Dilma, o PT, com direito a Lava-Jato e todo arsenal reaça que já mostraram que são capazes de usar. O rancor agora vai vir dobrado!
Nunca nos esqueçamos que se há um objetivo que une toda a direita e sua linha auxiliar, seja ela partidária, midiática e nas instituições como STF, PF e MP, seja a velha, ou a "nova" que está sempre a espreita pra surgir com novas figuras de apelo fácil, é um só: a destruição definitiva do Partido dos Trabalhadores e a retirada de Lula dos braços do povo. Segue a luta!
Mas é evidente que não há vitória, qdo um golpista vence as eleições. A luta contra o golpe, até 2018, será puxada no Rio de Janeiro e a nova aliança Globo-Psol, pelo visto, seguirá como uma força pra enterrar de vez o PT, projetar essa "nova Marina" da Zona Sul - que é aceito no Leblon e na São Salvador justamente por falar muito, de tudo, e não ameaçar nada.
Vejam as primeiras palavras de Freixo, logo após a derrota: "O Rio de Janeiro mostra ao Brasil que é possível fazer política sem se vender..." Freixo, vestido de camisa social "azul tucana", nacionaliza espertamente a derrota tentando transformar em vitória da ética , com um discurso moralista que já tinha usado na sabatina do Globo dizendo, sem ser perguntado (registre-se) que ele, diferente de outros, "não ía comprar vereador pra poder governar".
Luciano Genro culpa o PT pela derrota no Rio. Milton Temer escreve um textão didático pra explicar o 'mal' que o Lula e Dilma fizeram ao país, minutos depois do resultado do TRE. Ontem, na Folha, pela manhã, o presidente do Psol diz que eles vem pra ocupar o espaço advinha de quem?! Disse que até o Temer fazia um ajuste com mais propriedade e só faltou chamar Lula de farsa, como fez Tarcísio Motta logo depois de sua vinda à Lapa pra lutar contra o golpe.
Nada disso é a toa. Pois em política, nada é a toa. Após Freixo falar, corta pra Cristiana Lobo e pros famigerados da Globo News, apontando aí um novo momento pra direita e até para o protagonismo da esquerda, com a derrocada do PT que comemoram naquele cenário mais cafona do que o da Igreja Universal.
A gente que se prepare, pela Globo, pelo moralista do Freixo e seus colegas de Psol, vem chumbo ainda mais grosso pra cima de Lula, Dilma, o PT, com direito a Lava-Jato e todo arsenal reaça que já mostraram que são capazes de usar. O rancor agora vai vir dobrado!
Nunca nos esqueçamos que se há um objetivo que une toda a direita e sua linha auxiliar, seja ela partidária, midiática e nas instituições como STF, PF e MP, seja a velha, ou a "nova" que está sempre a espreita pra surgir com novas figuras de apelo fácil, é um só: a destruição definitiva do Partido dos Trabalhadores e a retirada de Lula dos braços do povo. Segue a luta!
Inês Duarte
Obrigada Jandira, pela análise coerente, sincera e responsável. Espero que as lideranças dos partidos de esquerda criam juízo, baixem a bola e pensem no povo. PT e PC do B, apesar do apoio ao PSOL, o povo não seguiu. Está tendo voz própria.
Míriam M. Morais
Jandira Feghali Só a anulação do golpe protege os trabalhadores. Governo liberal não atende reivindicação de pauta típica do socialismo. Ajuda aí. Ou derrubamos o golpe ou o golpe enterra o Brasil.
Angela Angel
O BRASIL E OS TRABALHADORES FORAM ENTREGUES AOS GOLPISTAS E ENTRA PARA A HISTÓRIA COMO O ÚNICO PAÍS QUE ACEITA UM GOLPE SEM RESISTÊNCIA. A "OPINIÃO" DE VOCÊS A RESPEITO DA PRESIDENTA DILMA NÃO OS DESOBRIGA DO DEVER DE COORDENAR O MOVIMENTO DE DEFESA DOS TRABALHADORES E DO BRASIL. NENHUMA ELEIÇÃO VAI RECUPERAR O QUE JÁ NOS FOI RETIRADO, NENHUM PROJETO FUTURO JUSTIFICA A ENTREGA DO PAÍS QUE JÁ AVILTOU TODO O NOSSO DIREITO E VENDE DIA A DIA O PATRIMÔNIO NACIONAL. O AFASTAMENTO DA PRESIDENTE DILMA AINDA NÃO FOI CONSUMADO!
CONCLAMAMOS O PT E OS MOVIMENTOS À PROCEDEREM IMEDIATA MOBILIZAÇÃO DE TRABALHADORES E MILITANTES PARA JUNTOS PRESSIONARMOS O STF OU ATÉ MESMO A FAZER A OCUPAÇÃO DO CONGRESSO NACIONAL PELO POVO, RESTITUINDO O ESTADO DEMOCRÁTICO COM RESTAURAÇÃO DA PRESIDENTA ELEITA, DILMA ROUSSEFF.
APENAS ESTA MEDIDA RESULTA NA ANULAÇÃO LEGAL DOS ATOS PRATICADOS NO GOVERNO GOLPISTA.
DIVERGÊNCIAS PESSOAIS NÃO JUSTIFICAM A RENÚNCIA DO PAPEL DAS INSTITUIÇÕES QUE COMANDAM; QUEREMOS O PARTIDO DOS TRABALHADORES DE VOLTA ÀS RUAS. O PODER DE MOBILIZAÇÃO É DE VOCÊS. O POVO TRABALHADOR QUER A RESTAURAÇÃO DA JUSTIÇA E DA DEMOCRACIA QUE NOS FOI ROUBADA. RESISTÊNCIA JÁ!!!"
CONCLAMAMOS O PT E OS MOVIMENTOS À PROCEDEREM IMEDIATA MOBILIZAÇÃO DE TRABALHADORES E MILITANTES PARA JUNTOS PRESSIONARMOS O STF OU ATÉ MESMO A FAZER A OCUPAÇÃO DO CONGRESSO NACIONAL PELO POVO, RESTITUINDO O ESTADO DEMOCRÁTICO COM RESTAURAÇÃO DA PRESIDENTA ELEITA, DILMA ROUSSEFF.
APENAS ESTA MEDIDA RESULTA NA ANULAÇÃO LEGAL DOS ATOS PRATICADOS NO GOVERNO GOLPISTA.
DIVERGÊNCIAS PESSOAIS NÃO JUSTIFICAM A RENÚNCIA DO PAPEL DAS INSTITUIÇÕES QUE COMANDAM; QUEREMOS O PARTIDO DOS TRABALHADORES DE VOLTA ÀS RUAS. O PODER DE MOBILIZAÇÃO É DE VOCÊS. O POVO TRABALHADOR QUER A RESTAURAÇÃO DA JUSTIÇA E DA DEMOCRACIA QUE NOS FOI ROUBADA. RESISTÊNCIA JÁ!!!"
Vinícius Augusto Pontes
Jandira Feghali, parece que o PSOL, muito mais vítima do processo de negação da política e do antipetismo que ele mesmo ajudou por vezes a fomentar, foi vítima também do momentâneo enfraquecimento do PT e PCdoB no Rio. E me parece que, ironicamente, é muito mais fácil pro PSOL crescer e quem sabe ganhar uma eleição executiva tendo um PT e o PCdoB forte, devido a sua incapacidade de ser protagonista da esquerda por não tem nenhuma capilaridade nos subúrbios e diálogo com as classes populares...
Roberto Magalhães Farias
Nunca é demais lembrar que o Psol, num primeiro momento, ganhou os holofotes da mídia justamente para criticar o PT. Alguns mais ingênuos - ou ofuscados pela oportunidade de ganhar um lugar ao Sol - cumpriram o triste papel de "delatores dos desacertos". Atiravam no próprio pé. Que é importante a pluralidade de ideias e de representantes das diferentes visões da esquerda, não há dúvidas sobre isso. Coisa bem diversa é fustigar o PT ou mesmo Lula e Dilma sobre posicionamento equivocado em relação a várias questões importantes, desde desacertos na gestão da coisa pública, ao conchavo com líderes direitistas das velhas e corruptas hierarquias nacionais e regionais. Os acertos, contudo, superaram em muito os enganos. Também não se pode olvidar o fato de que somente a união dessas forças progressistas é que conseguiu imprimir um novo olhar do Estado sobre a população mais carente. Logo, recomeçar é preciso! Buscar novas estratégias de convencimento das massas e formar novos líderes é urgente!
Breno Crispino
a reflexão é boa, jandira... mas, diferentemente do que está colocado em alguns comentários, acredito mesmo que nesse período entre eleitoral, o fundamental seja construir e fortalecer movimentos e núcleos de base por toda a cidade (no caso do rio), com o apoio, mas não liderança, dos partidos de esquerda... que os movimentos sociais já estruturados e os novos que estão surgindo e surgirão dêem as demandas e o tom do diálogo e do enfrentamento. que os partidos sejam o que deveriam ser: instrumentos para luta institucional. não é mais protagonismo partidário. precisamos antes reconquistar as pessoas. precisamos, antes, dialogar e debate muito, muito, muito. sobretudo ouvir muito o que as pessoas - elas, agentes da política - esperam da cidade, dos poderes públicos, da política.
Julian Carlo Fagotti
Não ajuda muito para o entendimento entre as esquerdas. O resultado podia ser melhor ou pior com o Lula. Ninguém mais saberá. Precisamos dar uma trégua na disputa por hegemonia di campo de esquerda e fazer chegar partidos, sindicatos e associações onde chegam as igrejas. Qualquer um dos nossos que avançar é melhor do que qualquer um da direita que galopa sobre a zona norte e oeste.
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