VIOMUNDO
28 de novembro de 2016 às 23h24
Ele começa a palestra falando sobre as especulações relativas ao fim da era do petróleo
Da Redação
O professor Luiz Pinguelli Rosa é ex-presidente do COPPE, o Instituto Alberto Luiz Coimbra de Pós-Graduação e Pesquisa de Engenharia, no Rio de Janeiro.
Em seminário no Clube de Engenharia, ele estranhou alguns acontecimentos recentes, dentre os quais:
1. a Petrobras vender o controle acionário da BR Distribuidora, que é lucrativa e trabalha com “cash puro”;
2. desistir dos investimentos em biocombustível, no momento em que a Shell, a BP e mesmo a conservadora Exxon fazem o contrário;
3. o discurso sofre o fim da era do petróleo de alguns setores intelectuais e da mídia, discurso que segundo ele mascara a tentativa de fazer a Petrobras produzir muito e rápido, o que beneficia os grandes consumidores (EUA e China).
Diante de decisões “irracionais” tomadas pela direção da estatal sob Michel Temer, Pinguelli especula que a maior empresa brasileira tenha sido vítima de um complô movido por agentes externos em conluio com brasileiros.
Ele não descarta, por exemplo, que a roubalheira na estatal tenha sido estimulada por intermediários interessados em, mais tarde, produzir o escândalo que abalou a Petrobras.
Pinguelli lembra que há mais que o pré-sal em disputa: a estatal, através de convênios com universidades, é formadora de mão-de-obra especializada que replica tecnologia nacional desenvolvida ao longo de muitos anos de exploração.
Enfraquecida a Petrobras, este conhecimento poderá simplesmente ser transferido para fora do Brasil e o país corre o risco de, lá na frente, acabar importando tecnologias derivadas daquelas que desenvolveu com seus próprios recursos.
Ou seja, a engenharia brasileira geraria lucros fora do Brasil.
Um verdadeiro desastre econômico, político e estratégico.
Vale a pena ver a íntegra da palestra!
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