Apesar da resistência das autoridades, lituano conseguiu comprar ultraleve para fazer imagens inéditas da ilha.
Do G1
14/05/2015 05h00 - Atualizado em 14/05/2015 05h00
O fotógrafo lituano Marius Jovaiša conseguiu o que parecia impossível: convencer as autoridades de Cuba a permitir que ele fizesse fotos aéreas da ilha, algo que ninguém havia feito antes.
Para conseguir estas imagens ele precisou de cinco anos e um investimento de US$ 1 milhão (mais de R$ 3 milhões). O resultado de tanto tempo e dinheiro é o livro "Unseen Cuba" ("Cuba Nunca Vista Antes", em tradução livre).
"Queria me transformar no primeiro artista a fotografar Cuba do alto", disse Jovaiša, que já fez livros parecidos sobre o México e Belize.
'Me propus a expandir meus horizontes em um lugar no qual nenhum artista tinha feito fotos aéreas', disse o fotógrafo. Na imagem, os mogotes, rochas de calcário em forma de cone e cobertas de vegetação, em Pinar del Río, na região ocidental da ilha (Foto: Divulgação/Marius Jovaiša)
Jovaiša fez suas fotos em Cuba usando um ultraleve que ele mesmo comprou para o projeto. Agora, ele espera recuperar o dinheiro investido com a venda do livro (Foto: Divulgação/Marius Jovaiša)
Nesta imagem, feita no leste da ilha, crianças jogam beisebol em uma praia. Beisebol é o esporte nacional em Cuba (Foto: Divulgação/Marius Jovaiša)
O fotógrafo lituano disse que o mais complicado foi convencer as autoridades cubanas de que seu livro não tinha um fim político e que ele não tinha nenhuma relação com os serviços secretos de algum país estrangeiro. Na imagem, o cemitério de Cristóbal Colón, em Havana (Foto: Divulgação/Marius Jovaiša)
Jovaiša disse que as autoridades deram a ele um mapa com as áreas que poderia sobrevoar. Mas, aos poucos, foram cedendo e o fotógrafo pôde fazer imagens em cidades, algo que, a princípio, estava proibido. Na foto, o sol se esconde na região da estrada El Pedraplén, que leva à área turística de Cayo Las Brujas (centro) (Foto: Divulgação/Marius Jovaiša)
Os corais dos Jardins do Rei (na costa norte) são uma atração para os mergulhadores que visitam Cuba (Foto: Divulgação/Marius Jovaiša)
Jovaiša conseguiu convencer as autoridades graças à persistência. 'Visitei a ilha várias vezes (...), promovi minha ideia, organizei atividades, como uma exposição de minhas fotos em Havana Velha...", disse. Esta é uma foto do Castillo del Morro, construído pelos espanois em 1589 na entrada de Havana para conter os ataques de piratas (Foto: Divulgação/Marius Jovaiša)
A maioria das fotos foram feitas ao amanhecer ou no final da tarde. 'Queria conseguir um efeito especial', disse o fotógrafo. E ele conseguiu, como mostra esta foto do Valle de los Ingenios, na região central da ilha. Este vale foi um dos centros de produção de açúcar mais importantes dos séculos 18 e 19 (Foto: Divulgação/Marius Jovaiša)
Por enquanto, o livro de Jovaiša foi publicado apenas em inglês. Mas ele espera que uma editora traduza o conteúdo para o espanhol. Acima, uma imagem do farol de Roncali, construído em 1850 no Cabo de San Antonio, no extremo oeste de Cuba (Foto: Divulgação/Marius Jovaiša)
A cerca de 20 quilômetros a noroeste de Santiago de Cuba está o lugar mais sagrado para os cristãos da ilha, a Basílica de Nossa Senhora do Cobre, na cidade de Cobre (Foto: Divulgação/Marius Jovaiša)
O fotógrafo acabou realizando um sonho que parecia impossível e, depois disso, tem boas lembranças da ilha e de seu povo. 'Me apaixonei por Cuba', disse Jovaiša (Foto: Divulgação/Marius Jovaiša
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