No governo do dinheiro, o voto do mercado, já se demonstrou, governa o eleito pelo voto popular.
Na matéria de O Globo e nas notas da Folha e do Estadão, surgem sinais fortes de que a unanimidade em torno da “equipe econômica dos sonhos” liderada por Henrique Meirelles acabou-se.
Como antes com Joaquim Levy, as “mãos de tesoura” vão se esgotando à medida em que não se faz cortes por um projeto econômico: os cortes são o próprio projeto de economia.
O capital de Meirelles era Meirelles, mas o Meirelles de Lula, que dava rumo e limite à poda e, no tranco, cessava o corte e fazia regar a economia, quando a seca ameaçava a planta, como em 2008/9.
Na Folha, uma frase de um palaciano resume:“A equipe dos sonhos não está conseguindo entregar os sonhos da equipe”.
Mas com o que sonha esta equipe? Crescimento sem investimento?
O mais curioso é estarem procurando Armínio Fraga, o “homem mau” que travou a alta da inflação na metade do segundo Governo FHC com um “canhonaço” de juros de 45% na taxa Selic.
Óbvio que, a esta altura, um tiro deste calibre seria suicida, mas o que ele tem a oferecer é uma saída para prometer um novo sonho de retomada, aquela que vinha, mas não veio.
Mais do que a possibilidade real de implantação de mais impostos – como Fraga tem plantado nos jornais – a possível ida de Armírio desenha o esboço da tomada do governo pelo tucanato, sem a formalidade de uma eleição.
Talvez esse seja mesmo o sonho, a volta ao passado, 15 anos depois, com a luxuosa “pinguela” FHciana, que exibe sem cessar a sua pavonice invernal, pela desmoralização total de Aécio Neves e a sensaboria de Alckmin.
FHC “é o que tem”.
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