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sexta-feira, 2 de dezembro de 2016

O CAOS DE HOJE E AMANHÃ.

Publicamos neste blogdoorro as reflexões do escritor Álvaro Caropreso sobre a crise política e econômica que assola o Brasil (em seu perfil do face). 

O título é por nossa conta. 

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1 - Temer é o presidente ideal para o jogo sujo. Gosta de salto alto e salamaleques; assina qualquer papel para ter o gostinho de sentar no trono e ver sua foto na galeria do Planalto. 

É só o que ele quer. Não será derrubado pelo PSDB, que imagina chegar limpinho e cheiroso em 2018. Temer que se lambuze na merda. Porém...


2 - O golpe investe no caos. Não há como imaginar uma retomada da economia e um mínimo de prosperidade com despesas primárias do Estado congeladas por 20 anos, desemprego crescente, desindustrialização acelerada, cortes de direitos trabalhistas, terceirização, arrocho na Previdência, desmonte das grandes empresas nacionais de engenharia, boicote da Petrobrás e juros imexíveis para baixo. 

Já estão em órbita de Júpiter com promessa de seguir rumo a Plutão. 

Vamos pagar quase 900 bilhões de reais este ano – e mais do que isso a cada ano dessas duas décadas de congelamento do Estado. 

Quem em sã consciência pode imaginar que a crise política e social vai arrefecer num quadro desses? 

Qual a lógica de um golpe que não visa conquistar apoio popular?



3 - Política econômica deliberadamente destinada a aprofundar a recessão só pode abrir espaço para mais uma ou duas grandes crises políticas ou – dito de outro modo – aprofundar ainda mais a que está em curso. 

O problema é que, pela esquerda e pela direita, não há lideranças; não há coordenação, diretriz e, muito menos, programa. 

O caldo, então, tende a engrossar nas ruas no sentido da convulsão. A selvageria sem partido. 

Resultado: a economia mingua de vez; murcha até expor o contorno dos ossos.

 Sobreviver será a única atividade econômica possível. E o Brasil recua para uma condição pré anos 1940.

 É esse o objetivo do golpe: redimensionar o Brasil. Colocar o país "no seu devido lugar". 

O golpe é, sobretudo, antinacional.

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