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segunda-feira, 4 de agosto de 2014

Einstein denunciou em 1948 o DNA fascista no sionismo, doutrina oficial de Israel

Do blog outrasbossas

http://outrasbossas.com.br/OutrasBossas01/index.php?option=com_content&view=article&id=99:einstein-denunciou-em-1948-o-dna-fascista-no-sionismo-doutrina-oficial-de-israel&catid=24:internacional&Itemid=253


O caráter fascista de setores do sionismo, que ainda é a doutrina oficial do Estado de Israel, foi identificado em 1948 por Hannah Arendt, Albert Einstein e mais 22 judeus novaiorquinos quando da visita de Menachem Begin à cidade dos Estados Unidos.

Eles enviaram ao editor do jornal New York Times carta denunciado o líder do Tnuat Haherut, “um partido político estreitamente assemelhado em sua organização, métodos, filosofia política e apelo social ao nazista e a partidos fascistas”. O Tnuat Haherut (Partido da Liberdade) fundiu-se com outros partidos conservadores em 1973 para formar o Likud, hoje dirigido por Benjamin Netanyahu, primeiro-ministro de Israel, que comanda a atual chacina contra os palestinos.

O Tnuat Haherut foi organizado a partir do Irgun, grupo armado que ficou célebre também pela explosão, na cidade de Jerusalém, do hotel King David, em 1946. O atentado foi organizado por Menachem Begin, dirigente do Irgun, grupo armado fundado em 1931. Noventa e uma pessoas morreram, entre funcionários do governo inglês e seus familiares.

Menachem Begin foi primeiro-ministro de Israel de 20 de Junho de 1977 a 10 de Outubro de 1983. Desde então, nos últimos 37 anos, o Likud e o Kadima (dissidência ainda mais raivosa do Likud) têm se revezado no comando do Estado israelense. Neste período, somente em 7 anos os dois partidos perderam o poder para o Partido Trabalhista. Foi num dos governos trabalhistas, o de Yitzhak Rabin, em 1993, que ocorreram os Acordos de Oslo. Mesmo assim, manchado pela nítida política de Israel e dos Estados Unidos (Noam Chomsky: Por que as "negociações" Israel-Palestina são uma farsa completa) de não aceitar os diretos reconhecidos internacionalmente aos palestinos.

Segue o texto da carta assinada por Hannah Arendt, Albert Einstein e mais 22 judeus de Nova Yorque.

Cartas ao New York Times

04 de dezembro de 1948

Novo Partido Palestina

AOS EDITORES DO NEW YORK TIMES:

Entre os fenômenos políticos mais perturbadores de nossos tempos está a emergência no recém criado Estado de Israel do “Partido da Liberdade” (Tnuat Haherut), um partido político estreitamente assemelhado em sua organização, métodos, filosofia política e apelo social ao nazista e a partidos fascistas. O partido foi formado a partir de membros e seguidores do antigo “Irgun Zvai Leumi”, uma agremiação terrorista, de direita e chauvinista existente na Palestina.

A atual visita de Menachem Begin, líder deste partido, aos Estados Unidos é, obviamente, calculada para dar a impressão do apoio americano ao seu partido nas próximas eleições israelitas e para cimentar laços políticos com os elementos sionistas conservadores dos Estados Unidos. Vários americanos de reputação nacional têm emprestado seu nome para acolher esta visita. É inconcebível que aqueles que se opõem ao fascismo em todo o mundo, se corretamente informados sobre a história política e as perspectivas do senhor Begin, possam emprestar seus nomes e apoio ao movimento que ele representa.

Antes que dano irreparável seja feito por meio de contribuições financeiras, manifestações públicas a favor de Begin, e a criação na Palestina da impressão de que um grande segmento da América apoia os elementos fascistas em Israel, o público americano deve ser informado sobre o histórico e os objetivos de Menachem Begin e seu movimento.

As promessas públicas do partido de Begin não indicam o seu real caráter. Hoje falam de liberdade, democracia e anti-imperialismo, enquanto até recentemente pregavam abertamente a doutrina do Estado fascista. É em suas ações que o partido terrorista denuncia o seu caráter real; a partir de suas ações do passado podemos julgar o que se pode esperar no futuro.

Ataque à aldeia árabe

Um exemplo chocante foi seu comportamento na aldeia árabe de Deir Yassin. Esta vila, distante das principais estradas e circundada por terras judaicas, não tomou partido na guerra e chegou a contrariar o lado árabe que queria utilizar a vila como base. Em 9 de abril (The New York Times), bandos terroristas atacaram esta vila pacifista, que não era um objetivo militar, mataram a maioria de seus habitantes – 240 homens, mulheres e crianças – e mantiveram alguns deles vivos para desfilarem como cativos pelas ruas de Jerusalém. A maioria da comunidade judaica ficou horrorizada com a ação, e a Agência Judaica mandou um telegrama se desculpando ao Rei Abdulah da Trans-Jordânia. Mas os terroristas, longe de sentir vergonha de seu ato, ficaram orgulhosos com o massacre, divulgaram-no amplamente e convidaram os correspondentes estrangeiros presentes no país para ver os cadáveres amontoados e a devastação geral em Deir Yassin.

O incidente Deir Yassin exemplifica o caráter e as ações do Partido da Liberdade.

Dentro da comunidade judaica eles têm propugnado uma mistura de ultranacionalismo, misticismo religioso e superioridade racial. Como outros partidos fascistas, têm sido usados para quebrar as greves e têm-se pressionado pela destruição de sindicatos livres. Em seu lugar eles têm proposto sindicatos corporativistas no modelo fascista italiano.

Durante os últimos anos de esporádica violência antibritânica, os grupos “Irgun Zvai Leumi” e Stern inauguraram um reino de terror na comunidade judaica na Palestina. Os professores foram espancados por se pronunciarem contra eles, adultos foram alvejados por não deixarem seus filhos se juntarem a eles. Por métodos de gângster, espancamentos, chantagem e roubos em larga escala, os terroristas intimidavam a população e exigiam um pesado tributo.

As pessoas do Partido da Liberdade não têm nenhuma participação nos logros construtivos na Palestina. Eles não reivindicam nenhuma terra, nenhuma construção de habitações e apenas depreciam a atividade defensiva judaica. Seus esforços de imigração muito propagandeado foram diminutos e devotados principalmente para atraírem compatriotas fascistas.

Atividades discrepantes

As discrepâncias entre as afirmações ousadas que estão sendo feitas agora por Begin e seu partido e o histórico de seu desempenho na Palestina, não trazem a marca de um partido qualquer. Esta é a marca inconfundível de um partido fascista, para quem o terrorismo (indiscriminado contra judeus, árabes e britânicos) e o embuste são os meios e um Estado Líder é o objetivo.

À luz das considerações anteriores, é imperativo que a verdade sobre o senhor Begin e seu movimento seja conhecida neste país. É ainda mais trágico que a liderança do sionismo americano tenha se recusado a fazer campanha contra Begin, ou até mesmo para expor aos seus constituintes os perigos para Israel do apoio a Begin.

Os abaixo assinados, portanto, tomam este meio de publicidade apresentam alguns significativos fatos concernentes a Begin e seu partido; e recomendam a todos os interessados a não apoiarem esta última manifestação do fascismo.

(assinado)

Isidore Abramowitz, Hannah Arendt, Abraham Brick, Rabbi Jessurun Cardozo, Albert Einstein, Herman Eisen, M.D., Hayim Fineman, M. Gallen, M.D., H.H. Harris, Zelig S. Harris, Sidney Hook, Fred Karush, Bruria Kaufman, Irma L. Lindheim, Nachman Maisel, Symour Melman, Myer D. Mendelson, M.D., Harry M. Orlinsky, Samuel Pitlick, Fritz Rohrlich, Louis P. Rocker, Ruth Sager, Itzhak Sankowsky, I.J. Schoenberg, Samuel Shuman, M. Znger, Irma Wolpe, Stefan Wolpe

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