Portal Vermelho
e Outubro de 2014 - 0h00
Chegamos em um ponto crucial do futuro do Brasil, restando 16 dias para o segundo turno. A grande mídia tem, como previsto, feito um bombardeio sobre a Petrobras. Denunciam incessantemente os supostos crimes baseados em depoimentos de delação premiada, sem destacar o caráter duvidoso desse recurso. Já que o réu, numa situação difícil, pode dizer o que for para livrar-se de alguns anos de pena.
Quem pretende, sinceramente, coibir esta prática defende uma reforma que diminua a influência do dinheiro sobre o sistema político. A esfera pública e a privada precisam de delineações mais condizentes a república, que evitem relações promíscuas como as que estamos vendo há muito.
Porém, muito mais importante para a decisão do voto é o debate programático, e é para este que passo. Examinemos então, que propostas tem PT e PSDB para a Petrobras, a nossa mais importante empresa.
São diferenças cruciais que se baseiam em visões divergentes da missão do Estado na economia.
O PT defende que o único operador dos poços seja a Petrobras, garantindo que tenhamos controle sobre o quanto se tira de nossos recursos.
O PSDB propõe a abertura de mercado, a terceirização. Isso significa iniciativas estrangeiras extraindo nosso petróleo da forma que lhes convir.
O atual governo pretende que a exploração do pré-sal sirva como fomentador ao desenvolvimento tecnológico local, promove uma política de compras nacionais que empurra a diante nossas indústrias.
A oposição julga que a política de compras locais emperra o dinamismo do mercado e, por isso, precisamos importar, pagando caro, tecnologia estrangeira.
O PT crê que os recursos do pré-sal precisam estar vinculados a uma estratégia de investimentos em educação e saúde, que a atividade econômica precisa estar ligada a ganhos de bem-estar da população.
O PSDB prega que a integração as “cadeias globais de produção” é a melhor opção, que isto dinamizará as atividades produtivas e os ganhos se darão em efeito cascata.
Aécio e seus assessores acham que a inserção subserviente nos mercados é o melhor que podemos obter, que a divisão internacional do trabalho destinou ao Brasil a eterna condição colonial de exportador de commodities.
Dilma e sua equipe entendem que o Estado precisa ser parte ativa do desenvolvimento do país, que a Petrobras e suas riquezas devem contribuir diretamente para a qualidade de vida dos cidadãos.
Para além de denúncias oportunistas, essas são as distinções relevantes que todo brasileiro precisa saber.
*Rennan Martins é colaborador do Portal Desenvolvimentistas e colunista da Rádio Vermelho
Rennan Martins: Eleições, Petrobras e propostas divergentes
Chegamos em um ponto crucial do futuro do Brasil, restando 16 dias para o segundo turno. A grande mídia tem, como previsto, feito um bombardeio sobre a Petrobras. Denunciam incessantemente os supostos crimes baseados em depoimentos de delação premiada, sem destacar o caráter duvidoso desse recurso. Já que o réu, numa situação difícil, pode dizer o que for para livrar-se de alguns anos de pena.
Por Rennan Martins*
Reprodução
O problema sério da corrupção, diferente do que tentam nos ensinar, é muito antigo e deve ser combatido seguindo rigorosamente o devido processo legal. Discursos inflamados não passam de oportunismo eleitoreiro. Há de se punir também, além dos políticos corruptos, o alto empresariado corruptor.
Quem pretende, sinceramente, coibir esta prática defende uma reforma que diminua a influência do dinheiro sobre o sistema político. A esfera pública e a privada precisam de delineações mais condizentes a república, que evitem relações promíscuas como as que estamos vendo há muito.
Porém, muito mais importante para a decisão do voto é o debate programático, e é para este que passo. Examinemos então, que propostas tem PT e PSDB para a Petrobras, a nossa mais importante empresa.
São diferenças cruciais que se baseiam em visões divergentes da missão do Estado na economia.
O PT defende que o único operador dos poços seja a Petrobras, garantindo que tenhamos controle sobre o quanto se tira de nossos recursos.
O PSDB propõe a abertura de mercado, a terceirização. Isso significa iniciativas estrangeiras extraindo nosso petróleo da forma que lhes convir.
O atual governo pretende que a exploração do pré-sal sirva como fomentador ao desenvolvimento tecnológico local, promove uma política de compras nacionais que empurra a diante nossas indústrias.
A oposição julga que a política de compras locais emperra o dinamismo do mercado e, por isso, precisamos importar, pagando caro, tecnologia estrangeira.
O PT crê que os recursos do pré-sal precisam estar vinculados a uma estratégia de investimentos em educação e saúde, que a atividade econômica precisa estar ligada a ganhos de bem-estar da população.
O PSDB prega que a integração as “cadeias globais de produção” é a melhor opção, que isto dinamizará as atividades produtivas e os ganhos se darão em efeito cascata.
Aécio e seus assessores acham que a inserção subserviente nos mercados é o melhor que podemos obter, que a divisão internacional do trabalho destinou ao Brasil a eterna condição colonial de exportador de commodities.
Dilma e sua equipe entendem que o Estado precisa ser parte ativa do desenvolvimento do país, que a Petrobras e suas riquezas devem contribuir diretamente para a qualidade de vida dos cidadãos.
Para além de denúncias oportunistas, essas são as distinções relevantes que todo brasileiro precisa saber.
*Rennan Martins é colaborador do Portal Desenvolvimentistas e colunista da Rádio Vermelho
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