Honório Ângelo da Rocha*
O Brasil chegou nestas eleições, em 26 de outubro, mais forte do que nunca quanto aos valores cultivados nos últimos tempos pela maioria dos brasileiros/as e pelos setores populares e democráticos.
A liberdade de manifestação não criminosa e as garantias democráticas foram plenas, um verdadeiro exemplo elogiado pelo mundo inteiro.
O processo transcorreu de forma soberana: o tempo em que os Estados Unidos aportavam sua frota naval em águas brasileira para interferir no processo, ficou no lixo da história.
Dilma convenceu a maioria do povo brasileiro de suas propostas, foi eleita, será empossada e governará por mais quatro anos os destinos do nosso país.
O Brasil continua uno, solidário por sua maioria e ansioso para melhorar ainda mais as condições de vida de todos e todas.
As instituições estão fortalecidas e “a corrupção continuará, como nunca neste país, a ser combatida, doa em que doer, não ficará pedra sobre pedra.”Presidenta Dilma.
Corruptores e corruptos virão a Luz em legítimos processos republicanos. Ninguém será acusado e condenado sem provas e julgamento.
O devido processo legal e o principio da ampla defesa, como convém a qualquer democracia que se preza, serão garantidos.
Chama minha atenção, no entanto, novos comportamentos, atitudes e manifestações que tradicionalmente não apareciam, que na campanha foram açulados pela direita reacionária e que apareceram neste processo eleitoral.
Após o anúncio dos resultados pelo Tribunal Superior Eleitoral, não passou nem 24 horas pós-eleição de Dilma Presidente e já sobe um odor estranho dos chamados novos valores.
Separatismo, fortes preconceitos reacionários, regionais e de classe; focos nazifascistas, fundos traços de autoritarismo e golpismo.
Nada mais legítimo do que o Estado cuidar e apoiar os setores sociais mais vulneráveis como ocorre hoje no Brasil, bem como apoiar os setores mais dinâmicos da economia, como também acontece.
Vamos falar sério e deixar de hipocrisia, no Brasil democrático de hoje tem bolsa pra rico, remediados e para os pobres também e todos, direta ou indiretamente, pagam seus impostos.
Banco, construtoras, montadoras de automóveis, grandes conglomerados do varejo, o agronegócio e setores da classe média têm tido muito apoio do governo.
Investir em crescimento econômico, geração de empregos, distribuir renda, adotar politicas públicas de inclusão é uma obrigação do Estado.
Se aos setores mais vulneráveis da sociedade restar apenas as leis do ‘Deus Mercado’, de tratar igualmente os desiguais, já sabemos os resultados que darão: fome, miséria, desalento, desesperança, violência e gerações e gerações eternamente no ciclo criminoso da pobreza e da miséria.
A avó era empregada doméstica, daí a mãe, a filha, a neta, a bisneta, estarão condenadas a serem empregadas doméstica.
E por aí vai, o avô que era servente de pedreiro, bóia fria, enfim... É preciso aceitar que a Lei Áurea já é secular.
Não, esses novos valores devem ser repelidos por todos que têm senso de justiça, solidariedade e de democracia. Não podem e nem devem prevalecer esses novos valores.
O Brasil só é hoje a sétima economia do mundo porque seu povo é trabalhador, solidário e ama o seu país.
A maior riqueza do Brasil é o povo brasileiro. Cuidemos dos valores republicanos e humanísticos sempre defendidos e cultivados pela ampla maioria da nossa gente.
* Filiado ao PCdoB e Servidor aposentado da Universidade Federal de Goiás
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