A chamada "ameaça" do ISIL [ing. para "Estado Islâmico no Iraque e Levante"], ou Estado Islâmico (EI) é cortina de fumaça.
A força do ISIL foi deliberadamente inflada para conquistar apoio público para o Pentágono e justificar o bombardeio ilegal contra a Síria.
Está também sendo usada para justificar a mobilização do que a cada dia mais claramente se vê que é montagem de ataque militar de grande escala liderado pelos EUA no Oriente Médio.
O poder de fato e contingentes militares que estão sendo mobilizados excedem em muito o que seria necessário para combater simplesmente os esquadrões da morte do ISIL.
Por mais que os EUA tentem convencer seus cidadãos e o mundo de que não haverá tropas em solo, é muito improvável que assim seja.
É muito improvável, em primeiro lugar, porque é indispensável que haja coturnos em solo para monitorar e selecionar alvos.
Além do mais, Washington vê a campanha contra os combatentes do ISIL como guerra que durará anos. É puro duplifalar.
O que está sendo imposto à opinião pública norte-americana e mundial é deslocamento militar permanente; no caso do Iraque é redeslocamento para lugar que os EUA já invadiram e ocuparam em 2003.
A força militar que está sendo mobilizada nesse caso pode, em todos os casos, ser convertida em forças de assalto gigante contra Síria, Irã e Líbano.
Diálogo de segurança EUA-Síria e EUA-Irã?
Antes do início dos bombardeios dos EUA na Síria, circularam boatos não confirmados de que Washington teria iniciado um diálogo com Damasco, através de canais russos e iraquianos, para discutir coordenação militar e a campanha do Pentágono de bombardeio em território sírio.
Ideia absolutamente impensável e completamente improvável. Agentes de confusão operavam em tempo integral para tentar dar qualquer legitimidade ao bombardeio contra a República Árabe Síria.
As 'notícias' de cooperação EUA-Síria com intermediação de russos e iraquianos são parte de uma série sinistra de desinformação e contrainformação. Antes de surgirem as 'notícias' sobre cooperação entre EUA e Síria, circularam 'notícias' sobre cooperação EUA-Irã no Iraque.
Mais cedo, Washington e a mídia norte-americana haviam tentado dar a impressão de que haveria algum acordo para cooperação militar entre os EUA e Teerã, para combater contra o ISIL e cooperarem dentro do Iraque.
As 'notícias' foram amplamente refutadas nos termos mais incisivos por vários membros do establishment político iraniano e também por comandantes iranianos de alta patente, como simples campanha de desinformação.
Depois que os iranianos indicaram claramente que as declarações de Washington não passavam de ficção, os EUA começaram a dizer que não seria adequado para o Irã unir-se à coalizão anti-ISIL. O Irã retrucou.
Washington estava outra vez distorcendo os fatos; a verdade é que funcionários dos EUA várias vezes pediram que Teerã se integrasse à coalizão anti-ISIL.
Ainda antes de deixar o hospital depois de passar por uma cirurgia na próstata, o Aiatolá Ali Khamenei, o mais alto governante do Irã, disse à televisão iraniana, dia 9/9/2014, que os EUA haviam solicitado em três diferentes ocasiões, que Teerã cooperasse com Washington.
Explicou que o embaixador dos EUA no Iraque fizera chegar mensagem ao embaixador do Irã no Iraque, solicitando que o Irã se unisse aos EUA naquele momento.
Depois - palavras do Aiatolá Khamenei - "o mesmo [John Kerry] - que havia dito frente às câmeras e aos olhos de todo o mundo, que os EUA não queriam a cooperação do Irã - pediram através do Dr. Zarif que o Irã cooperasse com os EUA nessa questão. O Dr. Zarif negou-se a atender o pedido."
E o pedido foi repetido pela vez pela subsecretária norte-americana Wendy Sherman, ao vice-ministro de Relações Exteriores do Irã, Abbas Araghchi.
Khamenei também disse que já descartara categórica e absolutamente qualquer cooperação com Washington nessa questão. "Absolutamente não cooperaremos com os EUA, especialmente porque as mãos dos EUA estão sujas" - repetiu o Aiatolá publicamente, ao explicar que não havia qualquer dúvida de que Washington tem as intenções mais perversas no Iraque e na Síria.
Como a Rússia, o Irã já apoia a Síria e o Iraque contra o ISIL. Também como Moscou, Teerã luta contra os terroristas, mas não se integrará a coalizão anti-ISIL de Washington.
Nova(s) invasão(ões) e golpe(s) para Mudança de Regime no em torno do óleogasoduto?
Como se disse dia 20/6/2014, aos olhos de Washington era indispensável remover o governo federal de Nouri Al-Malaki em Bagdá, porque se recusava a unir-se ao cerco contra os sírios comandando pelos EUA; porque se mantinha aliado ao Irã; porque continuava a vender petróleo aos chineses; e a comprar armas da Federação Russa.
A decisão do Iraque de Al-Maliki de integrar-se ao óleogasoduto Irã-Iraque-Síria também criava dificuldades contra os objetivos dos EUA e aliados, de (i) controlarem todo o fluxo de energia no Oriente Médio; e (ii) impedir a integração da Eurásia.[1]
O governo de Al-Maliki cometeu também dois outros pecados capitais em Bagdá, pela avaliação dos EUA. Mas essas ofensas, para serem bem compreendidas, têm de ser postas em contexto geopolítico.
Ninguém esqueceu a frase de propaganda criada no governo de Bush Filho depois do 11/9 e no início de suas guerras seriais: "Qualquer um vai para Bagdá; homem que é homem vai para Teerã".
O xis da questão dessa frase belicista, construída como slogan de propaganda, é que Bagdá e Damasco já então eram vistas pelo Pentágono como rotas possíveis que levariam a Teerã.[2]
Como no caso da Síria, os pecados mortais de Al-Maliki também estavam relacionados a impedir o caminho dos EUA até Teerã.
Primeiro, o governo do Iraque expulsou o Pentágono do Iraque no final de 2011, com o que removeu as tropas norte-americanas plantadas exatamente na fronteira oeste do Irã.
Segundo, o governo federal iraquiano trabalhava para expulsar do Iraque militantes iranianos que se opõem ao governo iraniano e para fechar o Camp Ashraf, que sempre poderia ser usado em guerra ou em operações para mudança de regime contra o Irã.
Ashraf serviu como base para a ala militar dos Mujahidin-e-Khalq (MEK/MOK/MKO) com base no Iraque. O grupo MEK é organização de iranianos antigoverno, que trabalha a favor do golpe para mudança de regime em Teerã. Já declarou apoio aos ataques liderados pelos EUA contra Irã e Síria.
Embora oficialmente o governo dos EUA classifique os MEK como organização terrorista, Washington já começara a aprofundar os contatos com os MEKquando norte-americanos e britânicos invadiram o Iraque.
Ironicamente (e mal intencionados) EUA e Grã-Bretanha usaram o apoio aos MEK para rotular o Iraque como estado patrocinador de terroristas (?!) e, também, para justificar a invasão anglo-norte-americana ao Iraque. Desde essa época, os EUA 'alimentam' e mantêm os terroristas do MEK.
Desde 2003, os EUA financiam os MEK. Washington lhes dá proteção, porque quer conservá-los como instrumento a ser usado contra Teerã, ou para manter a opção de, algum dia, instalar o MEK no poder em Teerã, como parte de um golpe para mudança de regime contra o Irã.
O MEK já foi, literalmente, incorporado na caixa de ferramentas do Pentágono e da CIA contra Teerã. Mesmo quando os EUA transferiram o controle do Camp Ashraf para o governo de Bagdá, o Pentágono manteve forças suas entre os MEK.
Eventualmente, as forças do MEK seriam, na maioria, realocadas em 2012 para a antiga base dos EUA conhecida como Acampamento Liberty. Esse Acampamento Liberty é hoje mais conhecido por um nome árabe, Acampamento Hurriya.
Scott Peterson, diretor da sucursal de Istanbul do Christian Science Monitor, explica como funcionários dos EUA começaram a realmente apoiar os MEK no início da "Primavera Árabe" de 2011.
É projeto também ligado aos sonhos de Washington, de golpe para mudança de regime.
Peterson escreveu que funcionários do governo dos EUA "raramente mencionam o passado violentamente anti-EUA dos MEK, e falam do grupo não como terroristas, mas como combatentes da liberdade com "valores iguais aos nossos", como 'democratas à espera' de poderem servir como uma vanguarda para mudança de regime no Irã."[3]
Washington não abandonou os sonhos de golpe para mudança de regime em Teerã
Washington não abandonou os sonhos de golpe para mudança de regime em Teerã. Seria coincidência que esteja aumentando o apoio que EUA e União Europeia dão hoje aos MEK, sobretudo quando a ameaça do ISIL dentro do Iraque começa a ser comentada e noticiada publicamente?
600 deputados e políticos de quase todos os países da OTAN foram levados para participar de uma grande reunião dos MEK dia 27/6/2014, no nordeste da capital francesa, no subúrbio de Villepinte, que convocou para o golpe de mudança de regime no Irã.
Os tipos mais conhecidos pela dedicação com que trabalham pró mais e mais guerras no mundo (o ex-senador dos EUA Joseph Lieberman; o porta-voz e apologista de Israel Alan Dershowhitz; ex-funcionário do governo de Bush Filho e 'especialista' contratado da Fox News John Bolton; o ex-prefeito de New York Rudy Giuliani; o ex-ministro francês e chefe da Missão Provisória da ONU para governo do Kosovo (UNIMIK) Bernard Kouchner, todos esses se reuniram com o MEK para promover o golpe para mudança de regime no Irã, e, claro, mais guerra.
A ironia do 'evento' é que o dinheiro foi fornecido, praticamente todo, pelos EUA, com alguma contribuição dos aliados. Os gastos foram, sobretudo, para as iniciativas de lobby desse MEK no Congresso dos EUA e no Departamento de Estado, o que, de fato, não passa de 'reciclagem' de dinheiro.
Gente como Ruddy Giuliani - provavelmente um dos mais odiados prefeitos da história da cidade de New York, até que usou a favor da própria imagem os eventos trágicos do 11/9/2001 - trabalham hoje, de fato, como lobbyistas para o MEK. "Muitos desses ex-altos funcionários do governo dos EUA - que representam todo o pleno espectro político - têm recebido dezenas de milhares de dólares só para falar bem do MEK", segundo o Christian Science Monitor.[4]
Giuliani vive a discursar em eventos pró MEK pelo menos desde 2010. Em 2011, falou num comício do MEK que promovia o golpe para mudança de regime em Teerã e Damasco.
"E se fizéssemos, depois de uma Primavera Árabe, um Verão Persa?", perguntou Giuliani, retórico.[5] E a sentença seguinte de Giuliani, na mesma ocasião, nada esconde sobre o que é, de fato, a iniciativa dos EUA de apoiar o MEK: "Precisamos de mudança de regime no Irã, ainda mais do que no Egito ou na Líbia, e tanto quanto na Síria."[6]
Joseph Lieberman, amigo e parceiro na propaganda e promoção de guerras e mais guerras do senador John McCain não pôde viajar até o subúrbio parisiense em Seine-Saint-Denis, mas falou por vídeo, na reunião para mudança de regime.
O Deputado Edward Royce Hello, presidente da Comissão de Assuntos Externos da Câmara de Deputados dos EUA, também falou por videoconferência a favor de mudança de regime no Irã. E o mesmo fizeram os senadores Carl Levin e Robert Menendez.
Estavam presentes grandes delegações de EUA, França, Espanha, Canadá e Albânia. Além dos já mencionados, outros norte-americanos notáveis também participaram do comício de 27/6/2014, além de vários franceses e espanhóis igualmente notáveis, e de muito notáveis euro-atlanticistas (nomes em http://goo.gl/pYkqjX).
E não se falou só de golpe para mudança de regime; fala-se também da crise nas regiões de fronteira no Iraque e na Síria.
Fox News deu cobertura especial àquele evento do MEK. Em julho, a liderança do MEK havia condenado o apoio do Irã ao governo federal do Iraque em sua luta contra o ISIL; depois que os EUA começaram a falar de combater ISIL, calaram-se.
Antes do comício para promoção do golpe de mudança de regime, a líder dos MEK, Maryam Rajavi- que os MEK indicaram presidenta do Irã desde 1993 - até se encontrou com o líder-fantoche do Conselho Nacional Sírio Ahmed Jarba em Paris, dia 23/5/2014, para discutirem cooperação.
Golpe para mudança de regime em Damasco mediante 'extensão-distorção' da 'missão' na Síria
A campanha de bombardeio que os EUA iniciaram na Síria é ilegal e viola a Carta da ONU.
Por isso o Pentágono tomou a providência de 'declarar' que a campanha de bombardeio liderada pelos EUA seria necessária, por causa de ameaça de um ataque "iminente" que estaria sendo planejado contra o território dos EUA.
Isso foi feito para dar alguma cobertura pseudo legal ao bombardeio contra território sírio, servindo-se do argumento, distorcido, de que o Artigo 51 da Carta da ONU permite que estado membro ataque legalmente outro estado, se houver ameaça de ataque iminente, por aquele país, contra membro da ONU.
Barack Obama e o governo dos EUA fizeram o possível para confundir encobrir a realidade mediante alguns passos tomados para fazer crer que seria legítimo violar a lei internacional e bombardear a Síria sem autorização de Damasco.
A embaixadora dos EUA Samantha Powers deu conhecimento ao representante permanente da Síria na ONU que os EUA atacariam o Governato de Al-Raqqa, informando Bashar Al-Jaafari mediante uma notificação unilateral, que absolutamente não significa que os EUA tivessem obtido o consentimento legal da Síria.
Os ataques norte-americanos contra a Síria não têm tampouco o apoio do Conselho de Segurança da ONU. Mas o governo dos EUA tentou fazer-crer que a reunião do Conselho de Segurança da ONU do dia 19/9/2014, que foi presidida por John Kerry seria sinal de que o Conselho de Segurança da ONU e a comunidade internacional estariam apoiando a campanha de bombardeamento contra a Síria.
Não foi tampouco por coincidência que, exatamente quando os EUA montavam sua coalizão multinacional para dar combate ao ISIL e àquele pseudo Califato, John Kerry mencione, convenientemente, que a Síria teria violado a Convenção das Armas Químicas (CAQ) [orig. Chemical Weapons Convention (CWC)].
Ao mesmo tempo em que admitia que a Síria não usou qualquer material proibido pela CAQ, Kerry, muito incoerentemente disse aos deputados, dia 18/9/2014, que Damasco teria desrespeitado a CAQ.
Em resumo, Washington já está dizendo absolutamente qualquer coisa, não importa o quando seja absurdo ou inverossímil, para dar início ao golpe para mudança de regime em Damasco.
Se o já exposto até aqui não bastar para mostrar isso, o fato de que os EUA usarão território da Arábia Saudita para treinar ainda mais forças antigoverno sírio[7] com certeza o mostra.
Os EUA têm em vista uma campanha de bombardeio de longa duração, que também ameaça o Líbano e o Irã.
Segundo o Aiatolá Ali Khamenei, os EUA planejam bombardear Iraque e Síria servindo-se do ISIL como cortina de fumaça, seguindo o modelo já usado no Paquistão.
Mais corretamente, seguindo o modelo do que os EUA chamavam "AfPak". Os EUA usaram os efeitos da instabilidade que extravasaram do Afeganistão para o Paquistão, e a expansão dos Talibã, como pretexto para bombardearem o Paquistão.
Iraque e Síria também já estão 'unidos' numa só zona de conflito, para o qual Ibrahim Al-Marashi criou a neologia "Siriaque" [ing. "Syraq"].
O objetivo mais amplo: impedir a integração da Eurásia
Enquanto os EUA estão ocupados fingindo que combatem os mesmos esquadrões da morte e terroristas que criaram e armaram, os chineses e seu parceiros trabalhavam muito para integrar a Eurásia.
Enquanto os EUA faziam sua Guerra Global ao Terror (GGaT), a Eurásia assistia à reconstrução da Rota da Seda. Isso, afinal, é a história de fundo e o verdadeiro motivo da insistência de Washington, que não para de manter guerras em cursos e criar mais e mais novas guerras e remobilizar todo o Oriente Médio.
É a razão também pela qual os EUA só fazem empurrar a Ucrânia para um confronto com a Rússia; e é também a razão para as sanções da União Europeia contra a Federação Russa.
Os EUA tentam impedir a re-emergência da Rota da Seda e a expansão dessa rede comercial.
Ao mesmo tempo em que Kerry só faz tentar apavorar as pessoas com ameaças do ISIL e suas atrocidades, os chineses só fizeram ampliar seus mapas com negócios e mais negócios por toda a Ásia e o Oceano Índico. É parte da marcha para o oeste, do dragão chinês.
Paralelamente às viagens de Kerry, o presidente da China Xi Jinping visitou o Sri Lanka e foi às Maldivas. Sri Lanka já é parte do projeto chinês da Rota Marítima da Seda. As Maldivas são mais recentemente chegadas ao mesmo projeto; construíram-se acordos para incluir a ilha-nação também na rede e na infraestrutura da Rota Marítima da Seda que a China dedica-se a construir para expandir o comércio marítimo entre o Leste da Ásia, o Oriente Médio, a África e a Europa.
Também não é coincidência que os dois destroieres chineses ancorados no porto iraniano de Bandar Abbas no Golfo Persa estejam fazendo manobras conjuntas com naves de guerra iranianas no Golfo Persa.
Paralela à rede leste-oeste, uma rede de comércio e transporte norte-sul está sendo também desenvolvida.
O presidente Hassan Rouhani do Irã esteve no Cazaquistão recentemente, onde, com seu contraparte cazaque, Nursultan Nazarbayev, confirmaram que haverá desdobramentos comerciais importantes.
Aguarda-se também a conclusão da estrada de ferro Cazaquistão-Turcomenistão-Irã, que criará uma rota de trânsito norte sul.
E os dois presidentes também discutiram a cooperação entre Teerã e a União Eurasiana. Do lado ocidental do Mar Cáspio, planeja-se também um corredor paralelo norte-sul, da Rússia ao Irã atravessando a República do Azerbaijão.
As sanções anti-Rússia já começam a causar mal-estar na União Europeia, quem mais perde no processo. A Rússia já mostrou que tem opções.
Moscou já começou a construir o mega gasoduto para gás natural Yakutia-Khabarovsk-Vladivostok (também chamado gasoduto Poder da Sibéria) para entregar gás à China.
E a África do Sul, parceira da Rússia nos grupo BRICS, assinou acordo histórico de energia nuclear com a empresa russa Rosatom.
A importância da Rússia no cenário mundial é bem clara e vem aumentando no Oriente Médio e na América Latina. Até mesmo no Afeganistão, feudo da OTAN, a influência russa está crescendo.
O governo russo compilou recentemente uma lista de mais de 100 antigos projetos soviéticos de construção, que lhe parecem importantes para serem recuperados.
Alternativa às sanções de EUA e União Europeia começa a emergir na Eurásia. Além do acordo para troca de petróleo-por-produtos que Teerã e Moscou assinaram, o ministro de Energia da Rússia Alexander Novak anunciou que Irã e Rússia já têm novos acordos no total de 70 bilhões de euros.
Em breve se verá que as sanções só isolarão os EUA e a União Europeia. Os iranianos também anunciaram que estão trabalhando com seus parceiros chineses e russos para superar o regime de sanções de EUA e União Europeia.
Os EUA estão tendo de se recolher. Não podem 'pivotear-se' para o Pacífico Asiático, enquanto não resolverem as coisas no Oriente Médio e no leste da Europa, onde estão em guerra contra Rússia, Irã, Síria e seus aliados. Por isso Washington dedica-se em tempo integral a fraturar, dividir, intrigar, chantagear e corromper, no esforço para co-optar.
Assim, afinal, se pode entender que os EUA não estão absolutamente preocupados em dar combate ao ISIL, que sempre serviu aos interesses dos EUA no Oriente Médio.
Os EUA só têm duas principais preocupações: tentar impedir que seu império desmonte-se aos pedaços e tentar impedir a integração eurasiana.*****
[1] Mahdi Darius Nazemroaya, "America pursuing regime change in Iraq again", 20/6/2014.
[2] Mahdi Darius Nazemroaya, "The Síria Endgame: Strategic Stage in the Pentagon's Covert War on Iran", Global Research, 7/1/2013.
[3] Scott Peterson, "Iranian group's big-money push to get off US terrorist list", Christian Science Monitor, 8/8/2011.
[4] Scott Peterson, "Iranian group's big-money push to get off US terrorist list", Christian Science Monitor, 8/8/2011.
[5] Scott Peterson, "Iranian group's big-money push to get off US terrorist list", Christian Science Monitor, 8/8/2011.
[6] Scott Peterson, "Iranian group's big-money push to get off US terrorist list", Christian Science Monitor, 8/8/2011.
[7] Matt Spetalnick, Jeff Mason e Julia Edwards, "Saudi Arabia agrees to host training of moderate Syria rebels", Caren Bohan, Grant McCool, and Eric Walsh (eds.), Reuters, 10/9/2014.
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