É assim também nos Estados Unidos, que realizam nesta terça-feira, 4, eleições para o Parlamento e e diversas consultas públicas, plebiscitos e referendos. Em pauta, a reforma da política sobre o uso de drogas, além de procedimentos legais de aborto. O país atingirá o número recorde de 146 consultas públicas em 42 estados norteamericanos.
Longe de se tornar uma ditadura bolivariana, os Estados Unidos fazem uso dos conselhos populares para decisões em 24 estados da nação. É assim também nas outras grandes democracias consolidadas ao redor do mundo, como é o caso dos plebiscitos na Suécia, ou dos referendos canadenses.
Enquanto isso, no Brasil, que também já passou por importantes momentos de participação social, sendo exemplo mundial, setores da mídia e da oposição ainda se utilizam do antigo discurso da polarização política para evitar a participação do povo nas decisões políticas do país. Sob a eterna ameaça do "golpe comunista" que nunca chegou, a direita se aproxima das vertentes mais reacionárias dos discursos políticos, inflamadas em xenofobia, preconceito e má-informação.
A regulamentação da participação social nas esferas do poder público é constitucional e busca reforçar o que já está determinado no artigo 1, parágrafo único da Constituição Federal de 1988: "Todo o poder emana do povo, que o exerce por meio de representantes eleitos ou diretamente". Afinal, quem tem medo de participação popular?
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