O gráfico aí de cima mostra os investimentos da Petrobras ao longo de cinco períodos de governo: dois de Fernando Henrique, dois de Lula e os três anos de Dilma Rousseff.
Eu creio que dispensa explicações, não é?
O investimento da Petrobras, nos últimos anos, investiu no país o mesmo que 80% de todo o capital estrangeiro que nos chegou como investimento direto.
Este ano, foram R$ 99,2 bilhões de dólares.
Investiu mais que todo o investimento do Orçamento da União, o governo propriamente dito.
Num país que festeja quaisquer 100 milhões de dólares de investimento, 45 bilhões por ano o que são?
Este é o tamanho do esforço da Petrobras para desenvolver a exploração do pré-sal.
É dinheiro que, sem esse compromisso, estaria tinindo no caixa da empresa e engordando os dividendos de seus acionistas: menos da metade do Governo, mais da metade de privados.
Mas não está: está virando sondas, navios-plataforma, gasodutos, refinarias…
E isso são obras que levam anos de projeto, execução, acabamento e preparativos para a operação.
É obvio que explorar petróleo 2 mil metros abaixo do nível mar, com mais quatro quilômetros de rocha a perfurar, não é como negócios onde você começa hoje e já lucra daí a dois meses.
Sabe aquela cena do petróleo jorrando da boca do poço? Esqueça: não pode vazar uma gota.
Uma empresa que vem investindo quase 50 bilhões de dólares por ano não pode ser avaliada como quem avalia uma livraria ou um armarinho: quanto foi sua féria, hoje?
Mas os inimigos da Petrobras sacodem números alarmantes.
Chegam a usar, como mostrei aqui, sites de picaretagem na internet para dizer que a empresa vai falir.
Conversa. Sabem que este ano, e mais ano que vem, e mais no outro, todo este investimento vai virar receita e precisam desacreditar a ideia de que podemos explorar nosso próprio petróleo.
E que, com ele, finalmente possamos formar capitais próprios e deixarmos a condição de colônia financeira.
É a nossa independência o que os horroriza.
É o Brasil que lhes mete medo.
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