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segunda-feira, 25 de novembro de 2013
UBM na Luta Pelo Fim da Violência Contra Mulheres e Meninas
“25 de Novembro - Dia Internacional de Luta pelo fim da Violência contra a Mulher”
A União Brasileira de Mulheres (UBM), com 25 anos de história de lutas pela defesa dos direitos
e emancipação da mulher, completados neste ano, reafirma seu compromisso pelos direitos
humanos, pela saúde das mulheres e pela construção de um mundo justo, fraterno e solidário. A
data de 25 de novembro, dia Internacional da Não-Violência contra a Mulher definida no I
Encontro Feminista Latino-Americano e do Caribe, realizado em 1981, em Bogotá, Colômbia,
como homenagem às irmãs Mirabal (Pátria, Minerva e Maria Teresa), assassinadas pela ditadura
de Leônidas Trujillo na República Dominicana foi reconhecido pelas Nações Unidas (ONU) em
1999, como o Dia Internacional pela Eliminação da Violência contra a Mulher.
Em todo o mundo o combate à violência contra a mulher se constituiu em uma preocupação
fundamental dos movimentos sociais, principalmente assumido pelo movimento feminista e de
mulheres em meados da década de 1970.
A Campanha “16 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência contra as Mulheres” acontece em 159
países. Começa no dia 25 de novembro (Dia Internacional da Não-Violência contra as Mulheres) e
termina no dia 10 de dezembro (Dia Internacional dos Direitos Humanos). O Brasil antecipou o
início desta campanha para o dia 20 de novembro - Dia Nacional da Consciência Negra. A
inclusão desta data se dá pela importância da história e da cultura negra no Brasil e também pela
dupla discriminação sofrida pela mulher negra, que se baseia em uma opressão de gênero e raça.
UMA VIDA SEM VIOLÊNCIA É UM DIREITO DAS MULHERES
A Campanha 16 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência contra as Mulheres é realizada no
Brasil, entre os dias 25 de novembro e 10 de dezembro (Dia dos Direitos Humanos). Procura dar
visibilidade às diferentes formas de violência, ainda presentes no cotidiano de muitas mulheres,
em particular a violência contra as mulheres negras.
A questão do direito humano a uma vida sem violência e do enfrentamento à violência contra as
mulheres combina uma discussão ampla, que nos permite desvendar e desconstruir as amarras
da cultura milenar que estruturou e consolidou as desigualdades de gênero.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) reconhece a violência doméstica como um problema
de saúde pública, pois afeta a integridade física e a saúde mental. Portanto, a defesa do Sistema
Único da Saúde, garantindo a ampliação de uma rede de atendimento digno e eficaz, e o acesso
aos serviços com muito respeito ao nosso corpo é uma das questões centrais para a efetivação da
Lei Maria da Penha.
UMA REALIDADE QUE NOS INDIGNA
A pesquisa do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada IPEA, com dados do Sistema de
Informações sobre Mortalidade (SIM), do Ministério da Saúde (2001 a 2011), estima ocorrência de
mais de 50.000 feminicídios (cerca de 5.000 mortes por ano). Segundo este estudo, acredita-se
que grande parte dos óbitos decorre de violência doméstica e familiar contra a mulher, uma vez
que um terço deles teve o domicílio como local de ocorrência, ocorrendo um verdadeiro
"femicídio" ou "feminicídio", ou seja, crimes perpetrados por homens, - principalmente parceiros ou
ex-parceiros - e decorrem de situações de abusos no domicílio, ameaças ou intimidação, violência
sexual, ou situações nas quais a mulher tem menos poder ou menos recursos do que o homem.
A cada dia, 15 mulheres são assassinadas, de acordo com estudo do IPEA. A cada 90 minutos o
país registra um homicídio.
No Brasil (2009-2011), registrou-se no SIM, 13.071 feminicídios, equivalendo a uma taxa bruta
de mortalidade de 4,48 óbitos por 100.000 mulheres.
LEI MARIA DA PENHA – IMPORTANTE INSTRUMENTO DE DEFESA E PROTEÇÃO DAS
MULHERES.
A Lei Maria da Penha é um instrumento fundamental na luta pelo fim da violência contra as
mulheres, por isso precisamos estar vigilantes á sua efetiva aplicação. É preciso colocar em
prática todas as reivindicações do movimento feminista e de mulheres reforçada pela Comissão
Parlamentar de Inquérito – CPMI da Violência contra a Mulher que indica e exige: criação de
organismo de gestão de políticas para mulheres; a dotação orçamentária específica para políticas
e programas; a expansão e interiorização da rede de atendimento; a universalização do registro
das notificações compulsórias; a capacitação dos profissionais de saúde, gestores, educadores,
juízes, promotores de justiça, delegados, policiais e demais servidores públicos e funcionários e o
monitoramento do oferecimento dos serviços de atenção às vítimas de violência, entre outros.
Apoiamos a categorização do feminicídio no rol de crimes previstos no Código Penal Brasileiro,
conforme proposição da CPMI.
NÓS PODEMOS MUDAR ESTA REALIDADE
O silêncio é cúmplice da violência e pai da impunidade. Por isso mesmo, é fundamental que toda
sociedade denuncie a violência contra as mulheres e meninas que ainda ocorre em silêncio em
tantos lares e no conjunto da sociedade.
Vivemos num país patriarcal e machista, onde a violência contra as mulheres e meninas ainda é
naturalizada. Temos de reagir a isso. A mulher precisa confiar que pode mudar essa realidade.
A luta das mulheres e de todos que almejam um mundo livre de violência é fundamental.
Central de Atendimento à Mulher – Disque 180
União Brasileira de Mulheres:
Rua Barão de Itapetininga, 255 - 9º andar - sala 908.
CEP: 01042-001 São Paulo | Brasil
Telefone: 11 3105 8216
E-mail: ubmulheres@ubmulheres.org.br | ubmbrasil@gmail.com
UNIÃO BRASILEIRA DE MULHERES
Por um Mundo de Igualdade, Contra Toda Opressão!
Pelo fim da Violência contra Mulheres e Meninas!
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