Jorbacdc, via YouTube
O vídeo a seguir mostra como o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, do PSDB, conseguiu quebrar o Brasil três vezes durante os oito anos em que governou o País.
Tal fato não é novidade para os mais bem informados, ou seja, aqueles que não têm como única fonte de informação a velha mídia, esta oligarquia retrógrada, entreguista, sempre conivente com o neoliberalismo tucano e que foi peça fundamental para a eleição e reeleição de um presidente fraco.
A novidade aqui é que os fracassos e as quebradeiras são narrados pelo próprio protagonista: FHC. Aconteceu na conferência dos governos progressistas em Florença, Itália, em novembro de 1999.
Com o Brasil falido e prostrado mais uma vez ante o FMI, FHC propôs na tal conferência uma ação conjunta que viesse a controlar o fluxo de capitais, estes que seu próprio governo não fazia o mínimo esforço em controlar.
Ao reclamar dos fracassos de seu governo, FHC culpou as crises internacionais, como a do México (1995), Ásia (1997) e Rússia (1998).
Em cada crise, adotava uma só receita: corte de gastos; repressão da demanda interna; diminuição da taxa de crescimento; aumento de juro etc.
Por fim, FHC, como a passar recibo em sua própria incapacidade administrativa, lança no ar uma pergunta: “Até quando? E se vier uma outra crise lá na Conchinchina?”
Bill Clinton, então, tomou a palavra. Visivelmente irritado, o então presidente dos EUA, de maneira indireta, passou uma descompostura em FHC.
Falou dos exemplos positivos de países que gastam de maneira responsável o dinheiro público; citou países emergentes que não sofreram com as crises até porque controlaram o fluxo de capitais e mantinham um sistema financeiro honesto.
Segundo Clinton, o que falta “para alguns países” é uma política nacional. O problema, disse ainda, é a falta de criatividade em alguns países emergentes onde os governantes são muito fracos.
Enfim, citou a miséria no Brasil e a total falta de perspectiva das crianças pobres do País.
FHC, aos olhos da comunidade internacional, acabou sendo considerado como mais um governante tecnocrata sem a mínima visão nacional; sem vontade política para sanar as desigualdades sociais.
FHC nomeou Geraldo Brindeiro como procurador-geral da República, que engavetou quase todos os processos contra seu governo – tendo com isto recebido o apelido de engavetador-geral da República.
E não foram poucos os casos graves de corrupção, escândalos que fizeram evaporar bilhões de reais dos cofres públicos – como o caso dos precatórios, a acusação de compra da reeleição, os títulos da dívida externa e as malfadadas privatizações, estas devidamente esmiuçadas no best-seller A Privataria Tucana, do jornalista Amaury Ribeiro Jr.
Sem contar as manipulações do câmbio, a agiotagem internacional com a cumplicidade de agentes do governo – que potencializou a dívida externa e fez poucos ganharem fortunas em detrimento dos pobres brasileiros.
Ou seja: à medida que o Brasil naufragava, políticos, economistas e tubarões financeiros ditavam as regras da economia fazendo um jogo duplo dentro do governo e também na mídia aliada, onde os “especialistas” avalizavam as tendências, fazendo do mercado um jogo com cartas marcadas.
À medida que acontecia a queima do patrimônio público brasileiro, o País se via cada vez mais atolado em dívidas.
Além do abandono da saúde e da educação, faltaram investimentos em todos os setores até que, em 2001, com sete anos de FHC, o Brasil chegou à pior crise energética da sua história, o “apagão”, consequência da total falta de planejamento que, no fim das contas, acabou sendo coerente com a pífia “Era FHC”. O ministro do Planejamento na época era José Serra.
No governo Lula, que em 2008 atravessou a pior crise do capitalismo desde a depressão de 1929, foram tomadas medidas totalmente opostas àquelas adotadas por FHC nas crises.
Os tucanos então, com respaldo da mídia, passaram a atacar as medidas adotadas pelo governo Lula e recitavam as mesmas receitas fracassadas de uma década atrás como “as únicas medidas possíveis”.
Mas a receita do PT foi responsável pelo fato de o Brasil ser o primeiro país a sair da crise. E de quebra, o país ainda emprestou US$10 bilhões ao FMI.
Com a chegada de Lula ao poder, mudou-se completamente a maneira de enxergar o Brasil.
Cumprindo as promessas de campanha, Lula implantou todo um leque de ações: distribuição de renda; créditos por meio dos bancos oficiais, novas escolas técnicas e universidades, favorecimento às empresas nacionais, desenvolvimento do Nordeste etc.
Além disso, a política externa do Brasil libertou-se da subserviência dos EUA. Organismos dos quais o Brasil faz parte – G20, Brics, Mercosul etc. – ganharam novo fôlego.
Enfim, o Brasil, finalmente deu certo.
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