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quarta-feira, 11 de fevereiro de 2015

Site angolano divulga nomes de portugueses descobertos no Swissleaks

Carta Maior

A Espírito Santo Ativos Financeiros, do Grupo Espírito Santo, é a maior depositante institucional português; Sílvia Ruivo Caçador, a maior investidora

Esquerda.net



Bete Strasser
Já se sabia da existência de 611 pessoas ligadas a Portugal na lista de clientes da filial suíça do banco HSBC, que é suspeito de promover esquemas de evasão fiscal até ao fim de 2007. 

Destes, mais de 200 são de nacionalidade portuguesa. Os clientes portugueses, porém, não estavam identificados.
 
Agora, por iniciativa do jornalista Rafael Marques, do Maka Angola, foram divulgados alguns desses nomes, tanto de clientes individuais quanto institucionais.
 
A gestora de fundos Espírito Santo Ativos Financeiros (ESAF), adianta Rafael Marques, "é o maior depositante institucional português", com um total de 174,5 milhões de dólares, enquanto a ESAF Asset Management tem outro tanto, 174,5 milhões. O total da ESAF é, pois, de 350 milhões de dólares.
 
A maior cliente portuguesa do banco era Sílvia Ruivo Caçador, do distrito de Vila Real, que tinha 252,7 milhões de dólares depositados.

 Outros nomes da lista de clientes portugueses são igualmente desconhecidos do grande público: Joaquim António Amaro da Cruz, de Castelo Branco, com um total de 223 milhões de dólares, Rosa Maria Pinho Amaro da Cruz da Silva, de Santos-o-Velho, com 185,9 milhões de dólares
 
Américo Amorim, o homem mais rico de Portugal, aparece com uma aplicação reduzida na filial suíça do HSBC: 5,873 milhões de dólares. Ao Diário Económico, o empresário português disse não ser possível que o seu nome conste da lista.
 
Na lista revelada pelo Maka Angola surgem ainda clientes portugueses ligados a outros países, como a luso-angolana Elsa Maria Matos Almeida Teixeira, com 20 milhões de dólares depositados, e Maria José de Freitas Jakurski, portuguesa com residência no Brasil, que tem 114,8 milhões de dólares. 

O brasileiro Jacob Barata, que o Maka Angola qualifica como o "rei do ónibus", tinha 95,2 milhões de dólares.
 
A informação, a que o Le Monde teve acesso, data de 2006 e 2007. 

O jornal francês obteve-a de um informático, Hervé Falciani, que achou ser seu dever divulgar as provas do gigantesco esquema de fuga ao fisco que a filial suíça do HSBC albergava. 

O material foi partilhado com o Consórcio Internacional de Jornalistas Investigativos (ICIJ), que começa agora a divulgar o produto das investigações.  

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