O desemprego, medido pelo IBGE, chegou a 12% no último trimestre de 2016 (contra 11,8 no trimestre anterior), o que torna certo que a taxa subirá mais no início de 2017, pelo menos. Dezembro é um mês de dispensas, normalmente e, segundo o Ministério do Trabalho, passou de 400 mil o número de pessoas que perderam a carteira assinada no mês passado, sem contar os “bicos” de Natal.
Pode parecer pequena a variação, mas isso significa que, de 2014 para 2016, passamos de 6,7 milhões de pessoas aptas ao trabalho mas sem emprego para 11,7 milhões. Isto é, mais cinco milhões de pessoas ao desamparo , desde que voltaram as políticas neoliberais do “afunda que levanta”. Na verdade, o número já é maior que 12 milhões, porque os cálculos do IBGE são feitos com as médias anuais e não com o resultado mais recente, quando chegou a 12,3 milhões.
O número de desocupados cresceu, portanto, perto de 80% em três anos.
E o de trabalhadores regularizados, de carteira assinada, caiu 6,5% no mesmo período, ou seja, 2,3 milhões de brasileiros deixaram de ser contribuintes regulares da previdência e não contam tempo para se aposentar com 30 ou 35 anos, que dirá para os 49 anos que Michel Temer quer que se tornem obrigatórios.
A massa de rendimentos habitualmente recedidos de todos os trabalhos caiu abaixo dos níveis de 2013.
E chamam a isso de sanear a economia brasileira.
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