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quarta-feira, 28 de outubro de 2015
VÍDEO HORROR: Policial dos Estados Unidos agride estudante negra na sala de aula
terça-feira, 27 de outubro de 2015
Divisão do Exército homenageia Ustra
terça-feira, 27 de outubro de 2015
Divisão do Exército homenageia Ustra
Na semana passada morreu o coronel Brilhante Ustra, tido e havido como um dos mais importantes chefes do aparelho de repressão e tortura da ditadura.
O coronel morreu respondendo a vários processos por tortura mas não chegou a ser condenado em nenhum. O manto da reciprocidade da Lei da Anistia o protegeu.
A iniciativa da cerimônia de homenagem a Ustra foi do comandante da 3a, Divisão de Exército de Santa Maria (RS), chamada Divisão Encouraçado, general José Carlos Cardoso.
Estes são pequenos mas preocupantes sinais, num momento em que há gente pedindo a volta dos militares ao poder, Quem viveu a ditadura sabe que isso é uma blasfêmia, uma insanidade que não pode ser dita nem pensada.
Como responder a uma fascista. Por Jean Wyllys.
Por Jean Wyllys, em sua página no Facebook:
Amigos e seguidores me questionaram privada ou publicamente se Celene Carvalho - a fascista que insultou, aos gritos, Eduardo Suplicy e o prefeito Fernando Haddad na Livraria Cultura, em São Paulo, há alguns dias, e cujo vídeo da agressão viralizou na internet - é mesmo filiada do PSOL. Como, no momento do questionamento, eu não sabia a resposta (afinal de contas, o PSOL tem representação em quase todo o Brasil e eu não conheço nem um centésimo dos seus filiados), eu me calei e fui pesquisar.
Para minha surpresa e infelizmente, Celene era, sim, filiada ao PSOL de São Lourenço, Minas Gerais. Ela inclusive foi candidata pelo partido numa das eleições passadas. A representação do PSOL em Minas informou que já havia pedido o afastamento da fascista. Porém, como o pedido de afastamento não fora devidamente encaminhado à Comissão de Ética da direção nacional do partido, Celene continuava constando da lista de filiados do PSOL. Mas, com esse episódio, a direção nacional do partido vai acelerar a expulsão da fascista.
Apesar de criterioso e rigoroso em seu processo de filiação, o PSOL não está imune a infiltrações de pessoas que nada têm a ver com seu programa nem ideologia. Algumas dessas infiltrações se devem à disputa interna ao partido entre suas diferentes tendências; outras se devem a tentativas deliberadas, por parte de outras legendas, de desqualificar um partido cada dia mais respeitado pela opinião pública.
Creio que se Celene tenha se infiltrado no PSOL devido às disputas internas. Tendo em mente apenas a informação de que o partido nascera de uma dissidência do PT, a fascista deve ter achado que o PSOL seria terreno fértil para seu antipetismo doentio e certamente contou com o apoio de algum dirigente que pretendia usá-la nas disputas internas.
Celene nada tem a ver com o PSOL nem com suas figuras públicas. Ela está mais bem próxima do demo-tucanato (ou seja, das ideias antipetistas comuns ao PSDB e ao DEM) e dos fascistas com colunas na "grande mídia", tanto que, em seu perfil no Facebook, pululam selfies com Aécio Neves, Reinaldo Azevedo et caterva, sem falar de sua idolatria ao juiz Sérgio Moro.
O PSOL que meus companheiros de bancada e eu representamos está tão longe de Celene que os grupelhos de analfabetos políticos pró-impechment de Dilma que atuam na internet em sintonia com parlamentares do DEM e do PSDB (grupelhos que a fascista tanto admira e dos quais compartilha postagens em seu perfil na rede social) vivem nos acusando de "linha auxiliar do PT" e duvidando da oposição que fazemos ao governo da presidenta Dilma.
Celene cabe perfeitamente naquela já clássica fotografia em que parlamentares do PSDB, DEM e PPS e outros do baixíssimo clero da Câmara Federal e "líderes" dos grupelhos de analfabetos políticos pró-impechment aparecem sorridentes e de dedo em riste ao lado do presidente da casa, Eduardo Cunha, denunciado formalmente - e com robustas provas - pelos crimes de corrupção, lavagem de dinheiro (inclusive em igreja evangélica) e evasão ilegal de divisas. Celene comunga da mesma indignação seletiva dessa gentalha que quer o impechment de uma presidenta da República sobre qual não pesa qualquer denúncia de crime algum, mas apoia um presidente da Câmara Federal que todos sabemos ser, devido investigações dos ministérios públicos suíço e brasileiro, um criminoso contumaz e cínico.
Aliás, graças a esse apoio, os grupelhos de analfabetos políticos ganharam, de Eduardo Cunha, o direito de violarem, com a complacência e a proteção da Polícia Legislativa, o Ato da Mesa, em vigor desde 2001, que proíbe acampamentos e palanques em frente ao Congresso Nacional. O patrimônio histórico e cultural se encontra manchado pelo verde-oliva das barracas de camping caras erguidas sobre o gramado pelos grupelhos pró-impechment (ao mesmo tempo, a Polícia Legislativa proibiu que sem-teto, indígenas e movimentos que pedem o afastamento de Cunha ali se instalassem!). A imprensa não disse o "a" a respeito dessa ilegalidade! (Imaginem o que diriam se fossem as barracas do MST!)
Antes de insultar Suplicy e Haddad, Celene fizera parte de um grupo que tentou constranger Dilma e Lula durante uma festa de casamento para qual foram convidados. Sua postura, entretanto, não é isolada nem está fora do contexto de crise política que vivemos. Ela é parte do "cotidiano autoritário" que se engendrou no Brasil durante e após as eleições de 2014 em função da linha de atuação adotada pelo PSDB e que é analisado pela filósofa Marcia Tiburi em seu novo e necessário livro "Como conversar com um fascista - reflexões sobre o cotidiano autoritário brasileiro" (Editora Record), do qual tive a honra de assinar o prefácio.
Celene é produto da desonestidade intelectual e da má fé de editores, colunistas e articulistas que atuam na chamada "grande mídia" e que deformam o imaginário e o caráter de sua audiência com coberturas parciais, meias-verdades, boatos alçados à condição de fatos, declarações selecionadas e mentiras deliberadas. Não preciso citar seus nomes. Celene é fruto da canalhice e da demagogia da oposição de direita na Câmara Federal e no Senado, blindada por editores, articulistas e colunistas da "grande mídia".
O episódio de Celene dá sequência ao macartismo tupiniquim (muito em vigor durante a ditadura militar!) e que já vitimou Guido Mantega, Alexandre Padilha, José Eduardo Cardoso, Stédile, Jô Soares, Marieta Severo, o rapper Flávio Renegado, os médicos cubanos, os imigrantes haitianos e o casal de intelectual de Perdizes. O mesmo macartismo que, ontem, decidiu, numa expressão sem precedentes da burrice motivada ou da má fé deliberada, atacar o último ENEM por conter questões sobre a persistente violência contra a mulher e sobre o racismo na sociedade brasileira.
Em seu maravilhoso "Como conversar com um facista", Marcia Tiburi chama atenção para o papel da burrice - aquilo que Hannah Arendt caracteriza como "vazio do pensamento" - na banalização do mal a que assistimos ora chocados ora silentes. O fascista não pensa nem reflete criticamente: apenas repete afirmações que estão de acordo com os preconceitos que carrega em si há tempos e dos quais não conseguiu se livrar. "O fascismo é a máscara mortuária do conhecimento", explica a filósofa em seu livro.
Os que se calam hoje diante da escalada do fascismo no Brasil, por conveniência, preguiça ou egoísmo, não têm ideia do que lhes espera no futuro se esse mal não for devidamente contido. O fascismo e o nazismo aniquilaram milhões de seres humanos com requintes de crueldade pelo simples fato de estes serem judeus, homossexuais, ciganos e comunistas. Não se esqueçam disso!
Peço muitas desculpas a Suplicy e a Haddad, homens públicos que gozam do meu respeito e da minha admiração. O PSOL repudia veementemente não só as agressões de Celene como também o antipetismo odioso expresso pela "grande mídia", pelos partidos de oposição de direita e pelas hostes fascistas na internet (sempre juntos e misturados!). Só a parte obtusa da militância petista nas redes sociais - obtusa e adepta da má fé como sua contraparte tucana - pode achar e dizer que o PSOL endossaria essa barbárie. Por outro lado, o demo-tucanato pode me chamar à vontade de "linha auxiliar do PT" se isso significar se colocar contra a estupidez e a desonestidade intelectual dos que atacam a agenda e as figuras públicas petistas comprometidas com a justiça social!
Jamais sejamos complacentes com fascistas. Reajamos sempre às suas ações. Mas, num gesto humanitário que nos cabe, apiedemo-nos dessas almas pequenas; elas foram envenenadas por canalhas que, ao contrário de nós, estão pouco interessados num mundo mais justo e humano.
Legalização da maconha muda hábitos no Uruguai
domingo, 25 de outubro de 2015
A LEI ANTICORRUPÇÃO AMERICANA E SUA APLICAÇÃO SELETIVA. Por André Araújo.
Jornal GGN
Luís Nassif online
22/10/2015
Os Estados Unidos tiveram momentos escatológicos de corrupção em sua historia política de 239 anos. A Prefeitura de Nova York e o governo do Estado de Nova York foram símbolos da mais escandalosa corrupção politica que virou palavra de dicionário - Tammany Hall - sinônimo de corrupção.
Há um filme de Deanna Durbin, da década de 40, antológico, onde a atriz chega em Nova York como imigrante com seu pai irlandês analfabeto, é recepcionada no próprio navio por agentes de Tweed, o chefe político de Nova York, é dia de eleição e fazem o pai analfabeto votar 17 vezes, depois arranjam um emprego para ele como superintendente do Central Park, porque sendo analfabeto iria deixar passar toda a roubalheira que eles planejavam fazer no parque.
O Estado de Lousiana e o Estado do Texas viveram sob o manto da mais profunda corrupção politica, o Presidente Lyndon Johnson tem uma biografia das mais pujantes em matéria de corrupção que se liga a ele desde o primeiro dia de sua vitoriosa carreira política. A Prefeitura de Chicago, há quatro gerações nas mãos da mesma família Dailey é outro sinônimo de corrupção politica nos EUA que ajudou decisivamente Kennedy a se eleger com votos comprados, sendo a mesma máquina politica de votos de cabresto patrocinadora da eleição de Barack Obama, poíitico de Illinois onde os Dailey reinam há quase um século. A máquina politica mafiosa de Tom Prendergast dominava Kansas City no Missouri e coube a ele escolher um desconhecido vendedor de camisas para compor a última chapa presidencial liderada por Franklin Roosevelt. Prendergast indicou um certo e desconhecido Harry Truman, que virou presidente pela morte de Roosevelt e depois reeleito. Naquela época os EUA eram dominados, especialmente no Partido Democrata, por máfias políticas regionais que vendiam votos em bloco a troco de futuras vantagens. Hoje diminuiu muito mas ainda hoje o mundo politico e eleitoral americano não é nada limpo.
A Lei Anticorrupção FCPA de 1973 foi um marco na luta anticorrupção empresarial nos EUA. Mas os americanos são práticos. Nem sempre ela se aplica, há circunstâncias e conveniências. O programa OIL FOR FOOD, um conjunto de sanções aplicadas ao Iraque de Saddam Hussein pela ONU permitiu um gigantesco esquema de corrupção onde o total de propinas alcançou US$10 bilhões de dólares e o envolvimento de empresas americanas foi significativo. A trading de petróleo GLENCORE, anteriormente Marc Rich & Co., de Zug na Suíça, no papel uma empresa suiça mas na verdade todos seus sócios eram americanos foi a Rainha do programa Oil for Food, mereceu uma condenação de mais de US$400 milhões e altas penas de prisão promovidas pelo Departamento de Justiça mas no fim tudo foi perdoado pelo Presidente Clinton porque Denise Rich foi uma das maiores contribuintes das campanhas Clinton.
Ver no link o relatorio sobre a corrupção desse programa OIL FOR FOOD produzido pelo respeitado COUNCIL ON FOREING RELATIONS, de Nova York, com os números da corrupção. O professor Marco Antonio Villa se engana quando diz que o petrolão é o maior caso de corropção da historia da humanidade, não fica nem entre os vinte maiores.
O mesmo Iraque volta à cena na segunda invasão, a de 2003, quando a indústria do petróleo foi literalmente saqueada por iraquianos aliados a funcionários americanos, tendo sumido do Ministério do Petróleo e da Companhia Nacional Iraquiana de Petróleo cerca de US$30 bilhões em dez anos via esquemas de trading girados na Jordânia e transações triangulares com bancos de Beirute, um dos quais desviou US$3 bilhões em um só dia.
Hoje os EUA tem excelentes relações com a SONANGOL, estatal de petróleo de Angola, empresa que vende toda sua produção para os EUA e é operada basicamente por empresas americanas através de contratos de prestação de serviços. A corrupção da família presidencial de Angola, começando pela bonita Isabel dos Santos, no ranking da FORBES com 3,7 bilhões de dólares, que vive entre Londres, Lisboa e Rio, nunca despertou a atenção do Departamento de Justiça, sobre essa empresa que é uma universidade de corrupção em nivel astrofísico.
Há portanto uma seletividade na aplicação da FCPA, depende do alvo, do caso, do País e das circunstâncias.
E aqui temos certos bem pensantes que se extasiam com a pureza e o rigor dessas leis de pretensão extraterritorial.
O despacho da Reuters de agosto deste ano, que já publiquei aqui, dá notícia que o Departamento de Justiça, abastecido por provas que vem do Brasil, tem a pretensão de punir com altas multas empresas brasileiras que estão na lista do "petrolão" mesmo que não tenham qualquer negócio ou transação com os EUA, a Divisão Criminal chefiada por Leslie Caldwell e sua auxiliar Magdalena Boyton, chefe da seção América do Sul, esta participou em 2012 de Congressos do Ministério Público no Brasil, elas pretendem punir empresas puramente brasileiras que só operam no Brasil por conta da lei americana FCPA, sequer tem dúvidas que sua jurisdição se projeta para fora das fronteiras americanas.
Provavelmente tem sua dose de razão, a reação aqui é tão passiva que vale a pena tentar cobrar multa no Brasil por atos praticados no Brasil por brasileiros contra uma empresa estatal brasileira. Provavelmente terão brasileiros para ajudar na cobrança.
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A democracia arrombada, por Janio de Freitas
da Folha
24/10/2015
Crise, crise mesmo —não os quaisquer embaraços que os jornalistas brasileiros logo chamam de crises— desde o fim da ditadura tivemos apenas a que encerrou o governo Collor. Direta ao objetivo, exposta como se nua, escandalosa e inutilmente previsível, começou e se encerrou em cinco meses e dias. Estava reafirmado, provava-se vivo e são, o mau caráter histórico do Brasil.
Mas, aos quatro anos, a Constituição resistiu e respondeu aos safanões, não muitos nem tão graves. Não se deu o mesmo com a crise em que fiz minha estreia como jornalista profissional. Aos oito anos em 1954, a primeira Constituição democrática do Brasil, em quase 450 anos de história, não pôde sequer esperar que um golpe militar e um revólver matassem Getúlio. As tantas transgressões que sofreu desde a posse do Getúlio eleito já eram o esfacelamento da Constituição democrática, com o desregramento político, legal, ético e jornalístico da disputa de poder que ensandecia o país.
O Brasil deixara de ser democracia bem antes do golpe que o revólver de Getúlio deixou inconcluído como ação, não como objetivo. Reduzido o regime de constituição democrática a mera farsa, em poucos meses seguiram-se o impedimento do vice de Getúlio, a derrubada do terceiro na linha de sucessão, que era o presidente da Câmara, e a entrega da presidência ao quarto até a posse do novo presidente eleito. Estes foram golpes militares do lado até então perdedor, antecipando-se aos golpes que o lacerdismo e seus subsidiários prepararam, com os militares de sempre, para impedir a posse do eleito Juscelino.
Em termos políticos, a vigência da Constituição democrática foi restaurada por Juscelino. Lacerda, seus seguidores e aliados fizeram mais para derrubá-lo, e por longos cinco anos, do que haviam feito contra Getúlio. Dois levantes de militares ultralacerdistas (o primeiro delatado ao governo pelo próprio Lacerda, temeroso de represália). Mas os desmandos administrativos, ainda que acompanhados de grandes realizações, corromperam a vigência plena da Constituição.
A Constituição que Jânio Quadros encontra é desacreditada, e por isso frágil. Seus princípios são democráticos, mas, dada a sua fraqueza, o regime não é de democracia de fato. Um incentivo a aventuras inconstitucionais, portanto. Primeiro, a que se frustrou na indiferença ante a renúncia presidencial. Depois, o levante militar contra a posse do vice. Não foi a Constituição democrática que impediu a guerra civil entre seus violadores e seus defensores. Foi um acordo que nem por ser sensato deixava ele próprio de segui-la.
O Brasil do período em que se deu o governo Jango está por ser contado. As liberdades vicejaram, o que deu certos ares de regime constitucional democrático. Mas os desregramentos de todos os lados e o golpismo tanto negaram a constitucionalidade como a democracia. As eleições para o Congresso estavam viciadas por dinheiro norte-americano e brasileiro, grande parte do Congresso seguia ordens de um tal Ibad, que era uma agência da CIA, a agitação governista e oposicionista criava um ambiente caótico e imprevisível mesmo no dia a dia. As liberdades não bastavam para configurar uma democracia, propriamente, por insuficiência generalizada do pressuposto democrático.
Passados os 21 anos de serviço ostensivo dos militares brasileiros aos interesses estratégicos e econômicos dos Estados Unidos, a Constituição de 1988 apenas embasou e aprimorou a democratização instituída com a volta do poder aos seus destinatários por definição e direito –os civis, em tese, os agentes de civilização. De lá até há pouco, o que houve no governo Collor foi como um mal-estar. Não afetou as instituições e sua prioridade democrática.
Não se pode dizer o mesmo do Brasil atual. Há dez meses o país está ingovernável. À parte ser promissor ou não o plano econômico do governo, o Legislativo não permite sua aplicação. E não porque tenha uma alternativa preferida, o que seria admissível. São propósitos torpes que movem sua ação corrosiva, entre o golpismo sem pejo de aliar-se à imoralidade e os interesses grupais, de ordem material, dos chantagistas. Até o obrigatório exame dos vetos presidenciais é relegado, como evidência a mais dos propósitos ilegais que dominam o Congresso. A Câmara em particular, infestada, além do mais, por uma praga que associa a criminalidade material à criminalidade institucional do golpe.
A ingovernabilidade e, sinal a considerar-se, o pronunciamento político contra a figura presidencial, pelo comandante do Exército da Região Sul, são claros: se ainda temos regime constitucional, já não estamos sob legítimo Estado de Direito. A democracia institucional desaparece. Como indicado no percurso histórico, sempre que assim ocorreu e não foi contido em tempo, o rombo alargou-se. E devorou-nos, com nossa teimosa e incipiente democracia.