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quarta-feira, 22 de maio de 2013

Depois de subir no palanque de Aécio, Joaquim Barbosa defende voto distrital, bandeira do PSDB

Do blog Os amigos do presidente Lula

terça-feira, 21 de maio de 2013

Depois de subir no palanque de Aécio, Joaquim Barbosa defende voto distrital, bandeira do PSDB

A bandeira política do PSDB e também do  eterno candidato a presidência, José Serra (PSDB), foi defendida nesta segunda feira  (21) por Joaquim Barbosa presidente do Supremo Tribunal Federal (STF).

Primeiro, Barbosa atacou a Câmara e ainda  sugeriu que  “os excesso da Câmara dos Deputados podem ser controlados pelo Senado Federal”Depois, afirmou que  o Congresso Nacional é "ineficiente" e "inteiramente dominado pelo Poder Executivo".Ou seja, dominado pela Presidência da República.Em seguida, Joaquim Barbosa, levantou a bandeira dos tucanos, muito defendida por José Serra em 2011, depois de ser derrotado  por a presidente Dilma.

Barbosa afirmou  que  a mudança do atual sistema político que, segundo ele, possibilita a escolha de representantes desconhecidos do povo vem do sistema proporcional",  e defendeu  a adoção do voto distrital para os deputados federais.

Para o presidente do Supremo, "o sistema distrital permitiria uma qualificação do Congresso Nacional. Cada distrito poderia escolher pessoas, personalidades que poderiam dar grande contribuição ao país. Tenho certeza de que a representação nacional ganharia e muito com a representação dessas pessoas em qualidade".

Defender  o voto distrital é  defender a exclusão da representação de grande parcela  do  eleitorado.
Em pleno século XXI, quando há recursos tecnológicos para o cidadão votar até pela internet dentro de casa, inclusive exercendo a democracia direta, o presidente do STF Joaquim Barbosa,   se engaja como garoto propaganda numa bizarra campanha, defendida   exclusivamente pelo PSDB para retornar o voto aos tempos das eleições fraudulentas decididas no bico de pena, resgatando o voto distrital da república velha e do império.

Por trás desse engodo, se  esconde  as intenções de levar as oligarquias políticas do PSDB de volta ao poder, conquistando maioria das cadeiras no Congresso com minoria dos votos.

(Vídeo de José Serra em 2011, defendendo o voto distrital
 
Com o voto distrital é possível um partido ou coligação ter maioria no Congresso com apenas 25% dos votos populares. Para se obter a maioria dos deputados em uma Câmara eleita por meio do voto distrital, basta que um partido obtenha somente 25% dos votos nacionais. Isso porque é preciso ter 50% de votos em 50% dos distritos, o que resulta nos 25% dos votos nacionais mencionados. Resultado: a maioria governa graças a uma minoria de votos, e a maioria dos votos – 75% – fica de fora do governo. É impossível ser mais excludente. No sistema proporcional, um partido só poderá ter a maioria da Câmara dos Deputados se obtiver 50% dos votos nacionais. É evidente, portanto, que o sistema eleitoral proporcional é infinitamente mais justo do que o distrital.. Surpreende  o fato de  o ministro do STF  defender esse absurdo

Na companhia da ditadura
                                                                                                  
Ao propor o voto distrital, Joaquim Barbosa repete  a manobra tentada pela ditadura brasileira para permanecer no poder. Não por acaso, a base de apoio da ditadura na imprensa (Globo, Veja, etc.) é a mesma engajada na campanha pelo voto distrital em 2011.
No apagar das luzes da ditadura brasileira, em 1982, os feiticeiros políticos da ARENA (partido de apoio a ditadura, ancestral do DEMos hoje MD), quando perderam o controle sobre o voto popular, tentaram permanecer no poder reintroduzindo justamente o voto distrital, através da Emenda Constitucional nº 22, de 29 de junho de 1982.

Não deu certo. Tal emenda não chegou a funcionar, pois antes das eleições de 1986, foi revogada com o fim da ditadura, pela Emenda Constitucional nº 25, de 1985. A Constituinte cidadã de 1988 decidiu por manter o voto proporcional.

Defensor   do voto distrital , Joaquim Barbosa, argumenta  que o eleitor exerceria maior controle sobre  deputados federais, por haver maior proximidade.

Não passa de teoria que não se sustenta na realidade.

O controle pelo eleitor depende de sua consciência política e interesse para acompanhar o desempenho de seu representante, e não do sistema eleitoral pelo qual ele foi eleito.

Um exemplo: O vereador  mora no município e está próximo ao eleitor, mas as mazelas da corrupção, das caixinhas de empresas de ônibus, da especulação imobiliária, das máfias de lixo, da merenda escolar, dos desvios na saúde, da apostilagem nas escolas, das licitações fraudulentas, do nepotismo, do fisiologismo, do clientelismo, dos super-salários, do legislar em causa própria, costuma ser até maior nas Câmaras de Vereadores (distante dos telejornais de abrangência nacional) do que no Congresso Nacional mais vigiado pelo noticiário.

A intenção oculta das oligarquias defensoras do voto distrital é o contrário: é o maior controle dos caciques sobre o eleitorado do distrito, como ocorria nos currais eleitorais.
Para oligarquias inescrupulosas é mais fácil comprar votos e manter controle dentro de um pequeno eleitorado confinado em distritos, do que em um eleitorado de massas.

O povo dividido é mais fácil ser vencido

Tal qual um fazendeiro divide sua terra em pastos cercados e currais para melhor controlar a engorda de seu gado para abate, a divisão do eleitorado em distritos -  pelas oligarquias - visa controlar a engorda de votos desorganizados para abate da soberania do voto popular, quebrando a estrutura das massas organizadas que não votam neles.

É  praticamente impossível um cacique político controlar as massas organizadas, com consciência dos interesses dos trabalhadores, dos mais pobres, dos mais fracos economicamente, das minorias e maiorias oprimidas e excluídas, quando organizadas em movimentos sociais.

O golpe branco seguinte

Conquistada maioria no Congresso com apenas um mínimo de 25% dos votos, o golpe seguinte seria tomar de assalto o poder executivo, instituindo o parlamentarismo (o sonho do tucanato em eleger o governo indiretamente, com sua aversão ao povão, como já deixou escapar FHC em um artigo).

É relativamente fácil conquistar 30% dos votos, com o eleitorado reacionário, com o poder econômico, e com o apoio maciço da imprensa oligarca. Esses votos podem levar à conquista de mais de 50% dos distritos e, com isso, conseguir nomear primeiro-ministro alguém como José Serra (PSDB/SP), apesar do repúdio popular nas urnas.

Lá se iria o Brasil descendo a ladeira de novo, rumo à quebradeira das crises internacionais e dependência do FMI, para entregar o Pré-Sal, o mercado interno, nossa energia limpa, nossas minas, nossa biodiversidade, nossos aquíferos e nossa produção agrícola e demais riquezas às antigas metrópoles decadentes do hemisfério norte.


terça-feira, 21 de maio de 2013

Golpe da direita tem novo mote: o Bolsa Família


O golpe da direita está em marcha, mais uma vez.

Agora, a onda é criar pânico entre os pobres, espalhando o boato de que o Bolsa Família vai acabar.

Atiram agora, para acertar 2014, que já começou.

Não importam os prejuízos, o desespero, ou se vai morrer gente.

O que querem é descolar Dilma do povão.

Milhares de pessoas acorreram às agências bancárias, para sacar antecipadamente o benefício social.

Houve tumultos, até depredação de agências da Caixa, principalmente no Norte e Nordeste.


Uma ação desumana, criminosa, como bem disse a presidenta Dilma, que pôs a PF para investigar.


A perniciosa elite branca, má e perversa (definição de Cláudio Lembo, ex-vice governador de SP -PFL), que não compreende a dimensão social e humana da fome, vibra com a repercussão no noticiário; os apresentadores de TV não conseguem esconder a satisfação.

O Bolsa Família é programa de inclusão social modelo para o mundo, recomendado pela ONU.

No Brasil o programa atende 13,8 milhões de famílias: livrou da fome e miséria 50 milhões de
brasileiros pobres.

Essa direita sempre sonha - ou teria pesadelos? - com golpes contra governos de que não gosta.

E o pesadelo se transforma em atos antiNação e antipovo, a história republicana registra.

Em 1954, golpe e suicídio de Vargas, que havia criado a Petrobrás e aumentado o salário mínimo.

1955: tentativa de impedir a posse de JK.

1961, o golpe do parlamentarismo contra Jango.

1964: o assalto final, a implantação da ditadura militar que durou 21 anos.

Então, tá comprovado: no Brasil a direita não ganha eleição, ela dá golpe, como diz o PHA.

Golpe pra derrubar governos progressistas, que defendem interesses nacionais, que defendem direitos dos trabalhadores e do povo pobre.

Pra quem acha que isso não existe, relembre o vídeo terrorista que circulou em 2010 (clique abaixo).

Pregava intervenção militar - isso é golpe! - e até guerra civil, se Dilma ganhasse a eleição.

O vídeo esquizofrênico dizia que São Paulo seria perseguido, que o Cerra iria pro exílio nos EUA...kkkk

Mas o caso não é pra rir, nem pra chorar.

É pra se preocupar e combater.

A presidenta Dilma bem que deveria ter convocado rede nacional de rádio e tv para tranquilizar o povão do Bolsa Família.

Aliás, a Hora do Brasil, que já é tradição há décadas no rádio, devia ser implantada também nas redes de televisão.

Ou será que só as 6 riquíssimas famílias que dominam 70% da mídia tem o direito de divulgar suas opiniões, escolher, torcer e retorcer os fatos noticiosos com bem querem, com o enfoque que querem, durante as 24 horas do dia?

Uma horinha diária para o Executivo, Legislativo e Judiciário ia fazer um bem danado para a democratização da informação... e as empresas concessionárias ainda teriam 23 h para continuar com suas decisões editoriais/empresariais.

Ia mostrar um Brasil que a mídia mercantil monopolista teima em esconder.

Ia desmentir a mentira do jornal da hora do almoço.

Ia ajudar a desmascarar o golpe e os golpista, dia a dia.






Quem lembra desse vídeo-boato de 2010, de que haveria guerra civil em 2012 e otras cositas más ?

http://www.youtube.com/watch?v=pQg5cbMyisU&feature=youtu.be

segunda-feira, 13 de maio de 2013

EXÉRCITO USOU NAPALM NO ARAGUAIA

O que é pior: jogar napalm ou anistiar quem jogou napalm ?

Paulo Henrique Amorim
Blog Conversa Afiada

Fonteles (Cláudio, da Comissão Nacional da Verdade- foto 2) também quer tirar a Comissão da caverna

Antes de ler sobre essa notícia revoltante, lembre-se que o Ministro Marco Aurélio (Collor de) Mello disse ao Kennedy Alencar que o Golpe de 1964 foi “um mal necessário”; e que o Supremo anistiou a Lei da Anistia e os lançadores de napalm, em inesquecível relatoria de Eros Grau:

NOVOS DOCUMENTOS AFIRMAM QUE EXÉRCITO USOU NAPALM NO ARAGUAIA

Relatório de 1972 diz terem ocorrido, pelo menos, três bombardeios

BRASÍLIA e RIO – Relatórios da Comissão Nacional da Verdade divulgados nesta quinta-feira atestam que o Estado usou força desproporcional na ação militar de repressão à Guerrilha do Araguaia.

Para a comissão, o Estado promoveu uma eliminação sumária e total dos militantes do PCdoB, que dispunham de armamentos obsoletos para o confronto.

De acordo com um relatório feito em novembro de 1972 pelo tenente-coronel Flarys Guedes Henriques de Araújo, em pelo menos três bombardeios da Guerrilha, o Exército fez uso de napalm.

As missões pretendidas pelo CMP aqui mencionadas no item 1 foram executadas no decorrer das operações; há a acrescentar àquele repertório o bombardeio de três áreas com bombas napalm e de emprego geral, informa o relatório.

Há a comprovação do uso de napalm em três operações. Uma coisa terrível afirmou o conselheiro da Comissão Verdade Cláudio Fonteles, autor dos trabalhos divulgados ontem.

(…)

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Clique aqui para ler “Comparato quer a revisão da Lei da Anistia”.

E aqui para ler “Ustra: Rosa tira Comissão da caverna”.

ARTIGOS RELACIONADOS

A Lei Ustra (ou Curió)
da Anistia já assa
(19)
Quem matou
Jango ?
(52)
Por uma
Comissão da 1/1 Verdade !
(39)
Fonteles e a tortura.
Não esquecer e gritar !
(11)
Jovens querem
Comissão 1/1 da Verdade​
(31)
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NAPALM - o que é

Napalm é um conjunto de líquidos inflamáveis à base de gasolina gelificada, utilizados como armamento militar.

O napalm é na realidade o agente espessante de tais líquidos, que quando misturado com gasolina a transforma num gel pegajoso e incendiário.

Origem

O napalm foi desenvolvido em 1942 durante a Segunda Guerra Mundial nos Estados Unidos por uma equipe de químicos da Universidade Harvard liderada por Louis Frieser.

O nome napalm deriva do acrônimo dos nomes dos seus componentes originais, sais de alumínio co-precipitados dos ácidos nafténico e palmítico. Estes sais eram adicionados a substâncias inflamáveis para serem gelificadas.

Um dos maiores problemas dos fluidos incendiários (tais como os usados nos lança-chamas) é que eles salpicam e escorrem muito facilmente devido à sua baixa viscosidade.

Nos Estados Unidos descobriu-se que a gasolina sob a forma de gel aumentava o alcance e a eficiência dos lança-chamas. No entanto, no início da Segunda Guerra Mundial, para se obter gasolina gelificada era necessário usar borracha natural, a qual estava, na altura, sob forte procura e com preço elevado. O napalm veio providenciar uma alternativa mais barata.

O napalm moderno é composto por benzeno e poliestireno, e é conhecido por Napalm-X.

Utilização

O napalm foi usado em lança-chamas e bombas incendiárias pelos Estados Unidos e nações aliadas, para aumentar a eficiência dos líquidos inflamáveis. A substância é formulada para queimar a uma taxa específica e aderir aos materiais. O napalm é misturado com a gasolina gélida (ou gelatinosa) em diferentes proporções para alcançar este objetivo.

Diversos lançadores foram desenvolvidos para seu uso, culminando nas armas lança-chamas utilizadas para atacar os exércitos vietnamitas no fim da década de 1960. Também foi usado contra cidades e vilarejos de civis posteriormente.

Na Segunda Guerra Mundial, as Forças aliadas bombardearam cidades do Japão com bombas incendiárias feitas com napalm. Este tipo de armamento foi usado também pelas Forças armadas dos Estados Unidos contra guerrilhas comunistas na Guerra civil grega, na Coreia, por ocasião da Guerra da Coréia e no Vietnã, Laos e Camboja, durante a Guerra do Vietnã. O governo do México também utilizou napalm em 1960 contra guerrilha de Guerrero. Há notícias, também, de ter sido utilizado por Portugal nas antigas colónias de África, na chamada Guerra Colonial (1961-1974), mais notadamente em Moçambique.

Um outro efeito do napalm em bombas, consiste na desoxigenação do ar envolvente e aumento da concentração de Monóxido de Carbono os quais provocam asfixia. Uma outra utilização do napalm na Guerra do Vietnã consistiu na rápida abertura de clareiras para a aterrissagem de helicópteros.

Também foi usado pelo Exército brasileiro durante a Guerrilha do Araguaia, conforme relatório feito em novembro de 1972 pelo tenente-coronel Flarys Guedes Henriques de Araújo.

Proibição do Uso contra Civis

Em 1980, o uso de armas incendiárias (tais como o Napalm) contra civis foi proibido pelo Protocolo III da "Convenção sobre Proibições e Restrições ao Uso de Certas Armas Convencionais que Podem Ser Consideradas como Excessivamente Lesivas ou Geradoras de Efeitos Indiscriminados" (Convenção da ONU sobre Armas Convencionais).

Entretanto, a Convenção não proíbe o uso de tais armas contra objetivos militares, desde que observadas precauções com vistas a evitar danos colaterais em populações ou bens civis.
(Wikipédia)

* a última foto ilustra o uso de NAPALM pelos EUA na invasão do Vietnã.



























Como os bancos lucram com a fome do mundo


Mauro Santayana (JB)
Tribuna da Imprensa

Em 1973, quando o muro de Berlim ainda dividia o mundo em dois blocos econômicos e políticos, o então presidente do Banco Mundial, Robert McNamara, disse que todas as nações deviam esforçar-se para acabar com a pobreza absoluta – que só existia nos países subdesenvolvidos – antes do novo milênio.

Naquele momento os países ocidentais ainda davam alguma importância à política de bem-estar social, não só como um alento à esperança de paz dos povos, mas também como uma espécie de dique de contenção contra o avanço do socialismo nos países do Terceiro Mundo.

A Guerra do Vietnã com seu resultado desastroso para os Estados Unidos, levou Washington a simular sua boa vontade para com os povos pobres. Daí o pronunciamento de McNamara.

O novo milênio não trouxe o fim da miséria absoluta, embora tivesse havido sensível redução – mais em conseqüência do desenvolvimento tecnológico – com o aumento da produtividade de alimentos e bens de consumo primário, do que pela vontade política dos governos.

Na passagem do século, marcada pelo desabamento das Torres Gêmeas, o FMI, o Banco Mundial – e a própria ONU – reduziram suas expectativas, prevendo, para 2015, a redução da pobreza absoluta à metade dos índices registrados em 1990. Em termos gerais, essa meta foi atingida cinco anos antes, em 2010.

A extrema pobreza, que atingia 41.7% da população mundial em 90, caiu para 22% em 2008 – graças à fantástica contribuição da China e da Índia, conforme adverte Francine Mestrum, socióloga belga, em recente estudo sobre o tema.

DRAMA DA ÁFRICA

Por outro lado, o número absoluto de pobres na África Negra dobrou no mesmo período. A China que, pelo número dos beneficiados, puxou o trem contra a desigualdade, já chegou a um ponto de saturação. Com o seu crescimento reduzido, como se espera, a China levará muitos decênios para baixar o número de seus pobres absolutos à metade.

Considera-se alguém absolutamente pobre quando tem a renda per-capita inferior a US$ 1,25 centavos por dia: mais ou menos R$ 2,50, ou seja, 75 reais ao mês. Esse critério é, no mínimo, cínico. É possível viver com esse dinheiro? Há quem possa: os trabalhadores das multinacionais nas tecelagens e confecções de Bangladesh e de outros países da Ásia do Sul não chegam a ganhar cinco reais ao dia.

O governo de Bangladesh, em seu portal, declara ser o país “de portas abertas“ (open-door), com todas as garantias e vantagens legais aos investidores, principalmente nas zonas especiais de produção para a exportação (Export Processing Zones). Em Bangladesh a privatização de empresas públicas chegou à perfeição, e a miséria dos trabalhadores, também – conforme a meta do neoliberalismo.

A insuspeita Fundação Gates divulgou interessante estudo sobre o controle dos preços dos alimentos pelos bancos, por intermédio dos fundos especulativos (hedge).

Da mesma forma que os bancos atuam no mercado derivativo com as primes do mercado imobiliário, fazem-no com os estoques de alimentos, o que aumenta espantosamente os preços da comida, sem que os produtores se beneficiem.

Um exemplo, citado pelo estudo, que tem o título sugestivo de “People die from hunger while banks make a killing on food” – as pessoas morrem de fome, enquanto os bancos se enriquecem de repente, especulando com os alimentos.

ESPECULAÇÃO

Como exemplo, o estudo cita o Fundo Armajaro, da Grã Bretanha, que comprou 240 mil toneladas de cacau (7% da produção mundial) e as reteve, até que obter o maior preço da mercadoria nos últimos 33 anos.

“Os preços do trigo, do milho e do arroz têm subido significativamente, mas isso nada tem a ver com os níveis de estoque ou das colheitas, mas, sim, com os traders, que controlam as informações e especulam no mercado” – conforme Olivier de Schutter, relator das Nações Unidas sobre o Direito à Alimentação.

Os neoliberais sempre usam o argumento canalha de que o único caminho rumo ao enriquecimento geral e à igualdade é a do mercado sem nenhum controle do Estado, dentro da fórmula de Mme. Thatcher: o pobre que quiser viver melhor, que se vire.

A Sra. Francine Mestrum, em seu estudo, contradiz a falácia:
“Em primeiro lugar, a transferência direta de recursos, que Lula iniciou no Brasil, provou ser efetiva ajuda direta aos extremamente pobres para ir adiante, em busca de empregos; ou para criar seu próprio emprego; para melhorar os padrões de saúde e reduzir o trabalho infantil.

Este é o principal argumento para o desenvolvimento desses sistemas, e o próprio Banco Mundial os endossa”. Como sabemos, são vários os países em desenvolvimento que adotaram iniciativas semelhantes.

Enquanto a Alemanha obriga os países europeus a cortar até o osso seus orçamentos sociais – deixando como saldo o aumento espantoso do número de suicídios ou das pessoas mortas por falta da assistência médica do Estado e, a cada dia mais trabalhadores obrigados a buscar, na lata de lixo, o que comer – os bancos continuam acumulando, e de forma criminosa, dinheiro e poder como nunca.

A MULTA DO HSBC

O HSBC mundial, que ganhou do governo FHC o Banco Bamerindus, e que tem no Brasil o seu terceiro mercado mais lucrativo do mundo, teve que pagar quase dois bilhões de dólares de multa, em acordo feito com o governo norte-americano, por ter, comprovadamente, lavado dinheiro do tráfico de drogas.

Como se sabe, mesmo depois de ter pedido desculpas públicas pelo crime, o HSBC foi acusado, em março deste ano, de lavagem de dinheiro, evasão fiscal e remessa ilegal de recursos ao Exterior pelas autoridades do governo argentino.

Enquanto menos de um por cento dos seres humanos controlarem, mediante sua riqueza, toda a população do mundo, a igualdade irá sendo empurrada cada vez mais para o futuro, e serão considerados nutridos os que ganharem cinco reais ao dia.

Só há uma saída para o impasse: a mobilização política dos cidadãos de cada país do mundo, em uma organização partidária e ideológica nítida em seus princípios e objetivos e em sua ação coerente, a fim de colocar coleiras nos banqueiros.

E será sempre salutar ver um banqueiro na cadeia, como está ocorrendo, menos do que é necessário, nos Estados Unidos.

domingo, 12 de maio de 2013

PEDAÇO DE MÃE

                                ... a saudade
                               é arrumar o quarto
                               do filho
                               que já morreu...
                                               (C.B.)


Do lamento da canção
vem a idéia bela e pungente
de que mãe se dá aos filhos
a cada um
aos pedaços.

Com a licença de todas as outras
vai a dedicatória desse dia das mães
àquelas mães em especial:
as mutiladas
as interrompidas
com rebentos delas arrancados
pedaços seus confiscados
em vinte e uma longas noites
da cruel tirania.

Vencidas as trevas
em dias que a democracia ilumina
sempre é preciso cantar
vivam Maria Rosa
Zuzu Angel
Dona Santa
Maria Campos.

Vivam seus filhos-heróis
Honestino
Stuart
Divino
Marco Antônio
e tantos outros
tombados na luta pela liberdade.

E em todo maio de todos os anos
há que ser lembrada a dor
dessas e de outras mães que já se foram
sem resposta dos filhos levados
postas no limbo da espera
por uma volta
uma carta
um pedaço de osso
um enterro digno
uma verdade, que seja.

Luiz Carlos Orro
12 maio 2013

VÍDEO

http://m.youtube.com/#/watch?v=JIFWpMzwUnc&desktop_uri=%2Fwatch%3Fv%3DJIFWpMzwUnc

LETRA

Pedaço de Mim
Chico Buarque

Oh, pedaço de mim
Oh, metade afastada de mim

Leva o teu olhar
Que a saudade é o pior tormento
É pior do que o esquecimento
É pior do que se entrevar

Oh, pedaço de mim
Oh, metade exilada de mim
Leva os teus sinais
Que a saudade dói como um barco
Que aos poucos descreve um arco
E evita atracar no cais

Oh, pedaço de mim
Oh, metade arrancada de mim
Leva o vulto teu
Que a saudade é o revés de um parto
A saudade é arrumar o quarto
Do filho que já morreu

Oh, pedaço de mim
Oh, metade amputada de mim
Leva o que há de ti
Que a saudade dói latejada
É assim como uma fisgada
No membro que já perdi

Oh, pedaço de mim
Oh, metade adorada de mim
Lava os olhos meus
Que a saudade é o pior castigo
E eu não quero levar comigo
A mortalha do amor
Adeus

segunda-feira, 6 de maio de 2013

De mágica e política

Caro Renato:

Recebi seu imei com o artigo do Diário da Manhã "Eles que amavam tanto a revolução".

Sinceramente, o mapa da esquerda que apresenta é mais furado que tábua de pirulito.

Lembrei-me dos gibis do Mandrake, o mágico que fazia coisas aparecerem, ou desaparecerem...

Bom, você pode até tentar dizer que queria mapear só a dita ultraesquerda radical, de viés trotskysta, mas nem assim tá valendo, pois incluiu o PT como o maior partido da constelação vermelha; e o subtítulo "Mapa da esquerda no Brasil" não bate com o conteúdo: pelo contrário, tromba com a realidade.

Anos atrás fomos ao O Popular reclamar que haviam esquecido de citar, que fosse, o PCdoB, já que haviam feito uma série de matérias sobre os partidos em Goiás, abrangendo todo o espectro partidário.

"Foi uma definição editorial do jornal", informou-nos o Sr. Editor, sugerindo que não cabia ao partido questioná-la, pois não éramos donos da empresa de comunicação.

Agora, você, como num passe de mágica, faz "sumir" o PCdoB, sinceramente, de você não esperava.

Será que trata-se de uma "nova catalogação" da esquerda? De qual autoria? Tudo ficou muito confuso.

O Partido Comunista do Brasil segue adiante, herdeiro de 91 anos de lutas e tradições dos comunistas em terras brasileiras, do marxismo-leninismo como arcabouço teórico para orientar a práxis da transformação revolucionária.

O PCdoB segue apresentando um Programa Socialista para o País (publiquei no DM uma série de artigos em 2009 sobre isso), participando ativamente desse momento histórico, em que se comemora uma década de governos democráticos, populares e progressistas no Brasil.

Sobre mágica, busquei na Wikipedia:

"Ilusionismo (também chamado Mágica ou Prestidigitação) é a arte cênica de entreter e sugestionar uma audiência criando ilusões que confundem e surpreendem, geralmente por darem a impressão de que algo impossível aconteceu, como se o executante tivesse poderes sobrenaturais.

No entanto, esta ilusão da magia é criada totalmente por meios naturais. Os praticantes desta actividade designam-se "mágicos" ou "ilusionistas".

A arte da prestidigitação é baseada fundamentalmente na presteza dos dedos do mágico em manipular os equipamentos e acessórios usados nos truques.

As ilusões mais conhecidas envolvem aparecimentos e desaparecimentos, transformações, uniões, leitura da mente, desafios às leis físicas e lógicas, e tudo o que desafia a explicação racional."

Um abraço no amigo.

Enviado via iPhone
Luiz Carlos Orro



quinta-feira, 2 de maio de 2013

Presidenta Dilma faz pronunciamento histórico no 1o de maio

Pra quem não assistiu, não deixe de ver um pronunciamento histórico: compromisso com os trabalhadores, com a Educação, com o desenvolvimento e estabilidade econômica do Brasil.


Vídeo: Pronunciamento da Presidenta Dilma - Dia do Trabalhador


http://www.youtube.com/watch?feature=player_embedded&v=AvUfv_oxCNk#!