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quinta-feira, 2 de maio de 2013

Pescaria sem vara, nem anzol, nem linha: os peixes voadores

Assista aqui o incrível vídeo dos peixes voadores, que pulam pra dentro da canoa duns gringos. Quem enviou foi o amigo pescador e violeiro Eugênio Carvalho.

Não precisa nem de isca, nem anzol, nada....

No século passado eu já pesquei assim, pras bandas de Araguanã, Rio Araguaia, junto com Fábio Tokarski e Edmundo Galdino.

Em 1983 era Goiás, agora é Estado do Tocantins.

E os peixes eram menores: sardinhas, branquinhas, coisa de um palmo pra menos, algumas pra mais.

O acampamento era numa praia de ilha, no meio do rio.

Quando dava boca da noite, era só apontar o facho da lanterna pra água e bater com o remo no fundo da canoa...

Pronto: as sardinhas voavam pra dentro da canoa, para o frito da janta.

E o pirangueiro avisando: "Protege os olhos, que tem gente que já cegou olho com trombada de peixe voador".

E tomem fotos de pescarias e iguarias....

Curta o vídeo:

http://www.youtube.com/watch_popup?v=x3Bf0WhvsNk&vq=medium#t=6


PRATIQUE PESCA ESPORTIVA. EMBARQUE SÓ O QUE FOR COMER N.
COTA ZERO PARA TRANSPORTE DE PEIXE AGORA É LEI EM GOIÁS.


                            Pescar é fácil, duro é limpar os peixes, né Eugênio... (Rio São Bartolomeu)



                                 Idem. Adalberto Monteiro, grande limpador de peixe...kkkkkkk



                               Amigo Honório Rocha: num acampamento revolucionário...kkkk



                                   Rio das Mortes, MT: esse tucunaré é dos pequenos, viu!!!!




                                            Regina, minha querida, pesca demais....



                         Teresa Cristina, irmã, em Goiânia, ajeitando uma peixada de lamber os beiços



                             Saudades do querido irmão Dim, Luiz Cláudio, que já se foi...
                                          Foram uns 50 anos de peixadas, muita saudade.


Abaixo: Maurício, meu filho e Gilvan comemoram baita pirapitinga de 5 kg.

Mostrando serviço no 1o de maio: esse Lula...

Com números e gráficos, Lula fatura 1º de Maio no Facebook

1 de maio de 2013 - 11:51 -
do Brasil 247
Do blog do Esmael


Página do ex-presidente na rede social está em festa; gráficos enormes apontam a elevação de 70% no valor do salário mínimo desde 2003, a queda, no mesmo período, de 12,4% para 5,5% na taxa de desemprego, e avanços no setor da educação; “Vamos comemorar os avanços e lutar por ainda mais conquistas”, postou Lula, sorridente sob um capacete de canteiro de obras; ele fez contas sobre a criação de escolas técnicas no País “desde D. Pedro II” e disse, referindo-se ao público, que “o filho do pedreiro virou doutor”; o ex-metalúrgico quer bombar no feriado do trabalhador.

O ex-presidente Lula está procurando chamar atenção neste feriado de 1º de Maio. Compreende-se. Não há sindicalista ou ex-sindicalista que não sinta um comichão nesse dia internacional de manifestações trabalhistas. O ex-metalúrgico não é exceção.

Em sua página no Facebook, onde tem mais de 313 mil fãs, Lula aparece hoje sorridente debaixo de um capacete de canteiro de obras.

O ex-presidente postou frases que ressaltam os avanços na criação de empregos e recuperação do valor do salário mínimo a partir do início de sua gestão, em 2003, até os dias de hoje, no governo Dilma Rousseff.

A grande atração do dia na página são dois gráficos grandes, com barras e setas ressaltando a elevação, nos últimos dez anos, de 70% do mínimo, que saiu de um patamar de US$ 72,07 para US$ 338,00, e a redução de 12,4% para 5,5% na taxa de desemprego no mesmo período.

“Vamos comemorar os avanços e lutar por ainda mais conquistas”, conclama Lula aos seus seguidores. Ele também procurou ser direto na frase que apoia o gráfico que ilustra a curva de aumento do salário mínimo na década: “Mais renda que faz a roda da economia girar”.

Com presença a ser confirmada no 1º de Maio da CUT, no Vale do Anhangabau, na tarde de hoje, em São Paulo, ao menos pelo Facebook Lula já mostrou que quer faturar prestígio nesse feriado em que haverá muitos debates sobre a situação do trabalhador no Brasil.

Neste sentido, sob o título O Filho do Pedreiro Virou Doutor, Lula posta um texto maior, no qual ressalta os investimentos e os resultados obtidos desde o inicio de seu governo no setor da educação.

Ele não deixou de lembrar o papel da presidente Dilma Rousseff na continuação de suas políticas para o setor:

O filho do pedreiro virou doutor!

O governo Lula marcou o início de uma mudança importante na maneira de tratar a educação no Brasil, ampliando e democratizando o acesso à educação em todos os níveis, uma preocupação que vem se consolidando com o governo da presidenta Dilma Rousseff.

A educação deixou de ser segmentada artificialmente, de acordo com a conveniência administrativa ou fiscal, e passou a ser vista como uma unidade, da creche à pós-graduação.

Acesse aqui a página do ex-presidente: http://www.facebook.com/Lula.

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quarta-feira, 1 de maio de 2013

Na TV, Dilma rebate oposição: 'Acreditem apaixonadamente no Brasil'

Presidenta reafirma que aumento de salários foi principal fator de redução da desigualdade e pede pressão popular contra 'interesses poderosos' e para que Congresso destine royalties do petróleo à educação

Por: Redação da Rede Brasil Atual
Publicado em 01/05/2013, 21:20
Última atualização às 21:24

São Paulo – A presidenta Dilma Rousseff aproveitou o pronunciamento do Dia do Trabalho para rebater críticas feitas nos últimos meses à condução da política econômica e oficializar o envio ao Congresso de projeto de lei que destinará todos os royalties arrecadados com a exploração de petróleo para a educação.

Ela utilizou o discurso de onze minutos e 40 segundos, transmitido em cadeia de rádio e televisão nesta quarta (1º), para passar a limpo algumas das medidas tomadas nos últimos meses e pedir apoio da população na luta contra “interesses poderosos”, como os que se opõem às seguidas medidas de redução de impostos. “É mais do que óbvio que um governo que age assim e uma presidenta que pensa dessa maneira não vão descuidar nunca do controle da inflação. Esta é uma luta constante, imutável, permanente. Não abandonaremos jamais os pilares da nossa política econômica, que têm por base o crescimento sustentado e a estabilidade. E não abriremos mão jamais dos pilares fundamentais do nosso modelo: a distribuição de renda e a diminuição da desigualdade no Brasil”, disse.

A inflação, que vem sendo capitalizada pela oposição como arma na disputa eleitoral de 2014, foi novamente evocada neste Dia do Trabalho. Durante evento na zona norte de São Paulo, o senador mineiro Aécio Neves (PSDB), provável candidato ao Planalto, acusou o governo de trazer a alta de preços de volta à mesa dos brasileiros, o que provocou críticas do ministro da Secretaria Geral da Presidência, Gilberto Carvalho, e do prefeito de São Paulo, Fernando Haddad.

“Acreditem apaixonadamente no Brasil e na força do trabalho de cada um de vocês. Não tenho dúvida que o Brasil, com a força de vocês, vai crescer mais”, reforçou a presidenta, que abriu o pronunciamento com um lembrete sobre o efeito positivo da expansão do mercado interno ao longo dos governos dela e de Lula (2003-10). “O Brasil passou a ser mais Brasil quando o brado por mais emprego, mais salário e mais comida deixou de ser um grito solitário dos trabalhadores para ser a voz e o compromisso de uma nação. É por isso que estamos tendo a alegria de comemorar o 1º de Maio com recordes sucessivos.”

Para Dilma “nada ameaça essas conquistas”, e será possível continuar a ampliar emprego, salário e poder de compra. A presidenta reforçou durante o pronunciamento a linha de pensamento que vem utilizando em seus discursos, deixando claro que acredita que esta trajetória exitosa só terá sequência se o país se preocupar com a formação.

“Mesmo com a importância dos programas sociais, foi a renda do trabalho que mais contribuiu na diminuição da desigualdade. Com os programas de transferência de renda, já tiramos 36 milhões de brasileiros da miséria. Mas são o emprego e o salário que estão impedindo que essas pessoas voltem para a pobreza, e também aceleram a ascensão social de milhões de outros brasileiros. Foi assim que 40 milhões de brasileiros foram para a classe média. Isso se deu por causa da valorização do salário-mínimo, do recorde na geração de emprego com carteira assinada e do ganho real em todas as faixas salariais”, afirmou. “A partir de agora, o governo vai privilegiar como nunca o instrumento que mais amplia o emprego e o salário: a educação.”

Neste sentido, o anúncio mais importante foi a oficialização do envio ao Congresso de um projeto de lei para destinar todos os recursos arrecadados com os royalties do petróleo para educação. “O papel do Estado é criar condições para isso, em especial, abrindo portas para os que mais precisam. Mas um governo só pode cumprir bem seu papel se tiver vontade política e se contar com verba suficiente. Por isso, é importante que o Congresso Nacional aprove nossa proposta de destinar os recursos do petróleo para a educação. Peço a vocês que incentivem o seu deputado e o seu senador para que eles apoiem essa iniciativa.”



A bela história de "Cálice" - Gilberto Gil e Chico Buarque

Do Musicblog

Curta o vídeo do show de 1973, quando a música foi censurada:

http://musicaemprosa.musicblog.com.br/263324/A-bela-historia-de-Calice-Gilberto-Gil-e-Chico-Buarque/

" Há muito tempo eu tenho vontade de contar a história de uma belíssima música, uma rara parceria entre Gilberto Gil e Chico Buarque: a música Cálice, gravada em 1973.

Tenho aqui a história, contada por Gil, no seu livro Todas as letras (Cia das letras, 1996) e no livro Chico Buarque: História das canções (Leya, 2009):

Primeiro, a versão de Gil:

"A Polygram queria fazer um grande evento com todos os seus artistas no formato de encontros, e foi dada a mim e ao Chico a tarefa de compor e cantar uma música em dupla.

Era Semana Santa e nós marcamos um encontro no sábado no apartamento dele, na Rodrigo de freitas (a lagoa referida, aliás, por ele na letra).

Eu pensei em levar alguma proposta e, um dia antes, no fim da tarde, me sentei no tatame, onde eu dormia na época, e me pus a esvaziar os pensamentos circulantes para me concentrar. Como era Sexta-feira da Paixão, a idéia do calvário e do cálice de Cristo me seduziu, e eu compus o refrão incorporando o pedido de Jesus no momento da agonia.

Em seguida escrevi a primeira estrofe, que eu comecei lembrando de uma bebida amarga chamada Frenet, italiana, de que o Chico gostava e que ele me oferecia sempre que eu ia à sua casa.

No sábado não foi diferente: ele me trouxe um pouco da bebida, e eu já lhe mostrei o que tinha feito. Quando, chegando ao refrão, eu cheguei ao 'cálice', no ato ele percebeu a ambiguidade que a palavra, cantada, adquiria, e a associou com cale-se, introduzindo na canção o sentido da censura.

Depois, como eu tinha trazido só o refrão melodizado, trabalhamos na musicalização da estrofe a partir de ideias que ele apresentou. e combinamos um novo encontro.

Ele acabou fazendo duas estrofes e eu mais uma, quatro no total, todas em oito decassílabos. Dois os três dias depois nos revimos e definimos a sequência.

Eu achei que devíamos intercalar nossas estrofes, porque elas não apresentavam um enquadramento linear entre si. Ele concordou, e a ordem ficou esta: a primeira, minha, a segunda, dele; a terceira, minha, e a última, dele.

Na terceira, o quarto verso e os dois finais já foram influenciados pela ideia do Chico de usar o tema do silêncio. O termo, aliás, já aparecia na estrofe minha, anterior: 'silênciona cidade não se escuta', quer dizer: no barulho da cidade, não é possível escutar o silêncio; quer dizer: não adianta querer silêncio porque não há silêncio, ou seja, não há censura a censura é uma quimera; além do mais 'mesmo calada a boca, resta o peito' e 'mesmo calado o peito, resta a cuca' : se cortam uma coisa, aparece outra.

Aí no dia em que fomos apresentar a música pro show, desligaram o microfone logo depois de termos começado a cantá-la. Tenho a impressão de que ela tinha sido apresentada à censura, tendo-nos sido recomendado que não a cantássemos, mas nós fizemos uma desobediência vivil e quisemos cantá-la" (página 138)

A história por Wagner Homem, no livro das cançôes de Chico:

"Composta para o show Phono 73, realizado em maio de 1973 no Anhembi, São paulo, a música seria cantada pela dupla de autores. Gil mostrou a Chico a primeira estrofe e o refrão ´Pai afasta de mim esse cálice', referência à data em que os escrevera, uma Sexta-feira santa.

O parceiro viu, mais do que depressa, o jogo de palavras ´cálice x cale-se'. Foi necessário apenas mais um encontro para que terminassem a canção de quatro estrofes - a primeira e a terceira de Gil, e as outras de Chico.

No dia do show, souberam que a música havia sido proibida. Decidiram cantá-la sem letra, entremeada com palavras desconexas. Desta vez, porém, a censura contou com a colaboração da própria gravadora, que organizava o espetáculo e operou a truculência.

Assim que começaram, o microfone de Chico foi desligado. Irritado, ele buscou outro microfone, que também foi desativado - e assim sucessivamente, até que se rendeu, dizendo: 'Vamos ao que pode', e cantou 'Baioque'

Quando, em 1978, a canção foi liberada, Chico a incluiu em seu LP, e aí a censura veio de lugares antes inimagináveis: bispos da mesma Igreja que - através da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil - criticava a existência, em toda América Latina, de uma doutrina de segurança nacional que castrava as liberdades individuais proibiam a execução da música durante as missas'

Quinze anos depois do ocorrido, falando ao Correio Braziliense, Chico comentava as distorções que a censura provocava em todos os níveis:

'Às vezes, eu mesmo não sei o que eu quis dizer com algumas metáforas de músicas como 'Cálice', por exemplo (...) naquela época havia uma forçação de barra muito grande, tanto a favor quanto contra.Ambos os lados liam politicamente o que não era. (...) Já disseram que o verso 'de muito gorda a porca já não anda' de 'Cálice' era uma crítica ao Delfim Netto, que era ministro. E gordo [risos]. Indagado sobre o real significado, respondeu: 'não faço a mínima ideia. Esse verso é de Gil" (páginas 120-121)

A canção foi liberada em 1978, juntamente com outras músicas censuradas, como "Apesar de Você" e "Tanto Mar". Na gravação, Milton Nascimento cantou as estrofes compostas por Chico, fazendo coro com o MPB4, num belíssimo e contundente arranjo de Magro, um dos integrantes do grupo. "

O Brasil que não passa na TV: energia limpa da Amazônia

https://mail-attachment.googleusercontent.com/attachment/u/0/s/?view=att&th=13e61f5d10c23fff&attid=0.1&disp=attd&realattid=f_hfnzr94m0&safe=1&zw&saduie=AG9B_P9Ln7FOSR_9CL_aMoBuLO9u&sadet=1367443676541&sads=Twjm46KH85EHmT0w3fPEMW7wogQ


Construção do linhão que transmitirá a energia das usinas de Santo Antônio e Jirau, no Rio Madeira, para o Sudeste brasileiro.

Isso a mídia empresarial direitista e golpista não mostra... Energia limpa, da Amazônia para todo o Brasil. 

Viva o 1o de maio!

Vivam os trabalhadores!

Luiz Carlos Orro

Querem frear o Brasil


terça-feira, 30 de abril de 2013

Querem frear o Brasil

http://ajusticeiradeesquerda.blogspot.com.br
Por Roberto Amaral, em seu blog:

Diz-nos o Sr. Alexandre Schwartsman, ex-diretor do Banco Central, que “A saída [da ‘crise’] é frear a economia. É demitir mesmo”. Dizem os ‘economistas’ midiáticos, catados a dedo pelos jornalões para confirmarem seus editoriais, que, ‘com esse nível de emprego’ (e aí repousa o cerne da história), a inflação vem a galope, e se é assim, a única coisa a fazer é subir os juros e promover o desemprego para que o consumo caia.

Ou seja, desmontar a política que reduziu os efeitos da crise do capitalismo internacional e realizou a mais importante distribuição de renda conhecida entre nós.

Demitir, afastar de vez a ‘ameaça’ do pleno emprego com que sonha a sociedade sadia. Esta é a pérola do pensamento neoliberal, reduzindo a vida da nação aos seus índices macroeconômicos, gasto público, juros, inflação etc., donde o aumento da taxa de juros real, produzindo menor taxa de inflação, menor PIB e maior desemprego.

Com esse programa recessivo os economistas midiáticos vão ao orgasmo. Povo, como dizia a desterrada Zélia, é apenas um ‘detalhe’, a política é um estorvo, as metas estratégicas, em país que renuncia ao seu destino histórico, uma fantasia, administrada pela tecnoburocracia financeira estatal, preparando-se para o grande salto da gerência privada.

Se o desemprego e a fome, a insegurança e o caos social são admissíveis, e são fenômenos puramente estatísticos para essa tecnoburocracia, enquanto uma reles inflação sazonal é inadmissível, aumentar o desemprego é a alternativa que retiram de seus manuais mal-traduzidos, o cediço receituário do monetarismo jurássico que ora destrói a Europa.

A última decisão do Copom revela que a cantilena do mercado, tonitroada pelos jornalões, voltou a impor-se no BC, quebrando o viés de baixa inaugurado pela presidente Dilma. Sim, a questão é um pouco mais profunda. Não se trata, apenas, do injustificado aumento de 0,25%, mas do risco de um aumento, que poderia ser episódico, transformar-se em tendência, por exigência da mesma ideologia que comandou o BC nas últimas décadas.

Eis o que nos dizem: é preciso aumentar os juros, pois é preciso diminuir o consumo, o pai e a mãe da inflação, e para diminuir o consumo é preciso desaquecer o mercado de trabalho. O grande vilão desta feita é ‘o crescimento do poder de renda da população’ pressionando os salários no setor de serviços (Júlio Gomes de Almeida, ex-secretário de Política Econômica do Ministério da Fazenda).

Mas, como amaldiçoar o consumo, se não há excesso de demanda em relação à oferta, numa economia que no último ano cresceu miserável 0,9%, depois de haver crescido em 2011 apenas 2,7%, abaixo do crescimento médio mundial (de um mundo em crise) de 3,9% em 2011 e 3,12% em 2012?

Os economistas midiáticos que ridicularizam o PIB de 0,9% – por eles chamado de ‘pibinho’ — vêm agora nos dizer que a economia precisa ser esfriada! Na verdade, as pitonisas da tragédia sempre na esquina se assustam com a perspectiva de o país crescer 3% em 2013, ainda abaixo dos 3,1% previstos (FMI) para o crescimento mundial.

Somos o único país do mundo que não pode crescer acima de 3% a.a. e ter juros baixos. Só os nossos monetaristas estão certos, todo o resto do mundo, como os chineses, é incompetente. Viva a Espanha, viva Portugal, viva a Grécia, que, a despeito de conviver com a fome de suas crianças (The New York Times International Weekly/FSP, 29.4) anuncia mais 15 mil demissões no serviço publico (O Globo 29.4).

Lá, naqueles países, aprofundar a recessão é o remédio que o FMI receita para a recessão, e assim ele caminham num crescendo de pobreza. No Brasil, para combater uma pressão de demanda que só eles vêem, os saudosistas do FMI receitam o desemprego (leia-se, a estagnação econômica). Mas, como falar em pressões de demanda, se a economia brasileira registra crescimento fraco?

Bem, dirá o banqueiro, dizem os jornalões, haja ou não excesso de demanda, há inflação, e se há inflação é preciso anular a pressão dos salários, que crescem mais do que a produtividade.

Agora querem deter o crescimento econômico, mínimo, repita-se sempre, para combater a inflação.

Mas de qual inflação fala o sistema financeiro, se em nosso país ela está em queda desde o início do ano? É só conferir: janeiro, 0,86%; fevereiro, 0,60% e março, 0,47%.

A inflação está em queda e a queda é tendencial, independentemente do BC. Explica-se: o mundo é deflacionário em commodities; os preços dos alimentos (responsáveis por 76% da inflação) começam a cair; o governo continuará desonerando produtos, de que resulta a redução de custos e dos preços ao consumidor, e permanecerá utilizando as importações como um regulador de mercado. E com juros mais baixos o governo gasta menos com o pagamento dos juros da dívida pública.

Em artigo recente (‘Inflação’, FSP, 25.4.13) Marcelo Miterhof demonstra que nada justifica a recente alta dos juros (que afronta uma das principais conquistas do atual governo) para combater uma inflação sabidamente irrelevante porque cadente e sazonal, pois decorrente: 1) da queda da safra agrícola (mais precisamente reduziu-se a produção de alimentos em benefício dos produtos exportáveis) associada à elevação dos preços das commodities agrícolas no exterior, impactando os preços, sim, mas apenas temporariamente; 2) do aumento dos fretes, decorrente principalmente das mudanças regulatórias de 2012 (restrições à emissão de poluentes dos caminhões e limitação das jornadas dos caminhoneiros); e 3) da desvalorização do câmbio, positiva para competitividade, e ‘de efeitos limitados no tempo sobre a inflação’.

De nada vale, porém, o grito da realidade, pois a visão ideológica da banca, a serviço da qual estão os jornalões, é insensível: os salários precisam crescer menos, donde a elevação do desemprego, quando a nação que produz festeja um quase pleno-emprego (5,4% da desocupação em janeiro, segundo o IBGE), talvez a mais importante conquista de nosso povo em toda a vida republicana.

Na contramão da história, a elevação dos juros prejudica a retomada econômica (quem está satisfeito com os 0,9%, além dos banqueiros?), gera mais despesa com juros no governo federal e compromete o futuro do país.

A presidenta Dilma tem declarado – e para isso precisa de nosso apoio, e uma forma de apoiá-la e combater a recidiva altista — que não sacrificará o crescimento da economia e o desenvolvimento social (sem o que não haverá nada, nem sociedade, nem povo, nem nação, nem país) para combater a inflação.

Mas, graças à última reunião do Copom, reconquistamos (para gáudio dos Itaú, Bradesco, Citi e quejandos) a triste liderança do maior juro nominal do mundo. Precisamos ajudar a presidente para que esse aumento inoportuno não se transforme numa tendência no BC, porque o fim do padrão de juros altos permanece sendo um dos grandes legados do atual mandato.

Ao fim e ao cabo, não há uma só justificativa para o aumento dos juros, senão a de atender aos reclamos da banca: ganhar mais dinheiro na ciranda financeira, mais precisamente na aplicação em títulos públicos indexados à Selic. A conta será paga por nós, os contribuintes.

O governo Dilma precisa estar consciente da armadilha que lhe prepara o pensamento conservador. E precisa, principalmente, reagir.

Tiro no pé
A chamada crise entre o Congresso brasileiro, avacalhado pelo seu próprio comportamento, e o Judiciário, incensado e açulado pelos mesmos jornalões que denigrem o Congresso, tem um agente provocador e seu nome é ministro Gilmar Mendes, aquele que inventou estar sendo grampeado, tentou denegrir a honra do ex-presidente Lula e agora, em ato conscientemente injurídico, intervém, monocraticamente, em autos de medida liminar, na pauta do Senado, para impedi-lo de apreciar determinado projeto de lei aprovado na Câmara. Os que hoje tanto falam em ‘respeito entre os três poderes’ escondem de seus leitores que sempre foi um dogma do Direito Constitucional brasileiro o respeito às deliberações interna corporis do Congresso.

A concessão da liminar constitui inominável abuso de poder. Essa provocação do ministro Mendes, é grosseira represália a um nada, pois é um nada a Comissão de Constituição e Justiça aceitar ‘a admissibilidade’ (sem importar qualquer juízo de mérito) de um projeto-de-lei, polêmico ou não. Pois é apenas isso o projeto do deputado Nazareno Fonteles: uma proposta em andamento, seguindo o circuito determinado pelo Regimento Comum. Protesta-se contra uma proposta parlamentar dentro do âmbito congressual, e silencia-se, silenciam os jornalões diante da intromissão do STF pelas mãos de um de seus ministros. Pensemos no inverso: o Congresso proibir o pleno do STF de apreciar determinado processo.

Mas o pior de tudo é que a liminar acatada pelo ministro Mendes foi interposta por um senador da República, e, assim, uma vez mais, e não mais pela última vez, lamentavelmente, é o próprio Congresso, incompetente para decidir ele mesmo suas querelas, que apela para o STF, provoca sua ingerência, para depois chorar a dignidade perdida.

Em defesa do salário distributivista de renda

DIA DA VERDADE- 1o de maio

Salário mínimo acumula 230% de aumento desde 2003, contra inflação de 85%.

Ganho real do poder de compra ampliou mercado interno, proporcionou mais qualidade de vida aos trabalhadores.

2014 vem aí e agora a direita quer comprimir salários, escondendo esse objetivo com o mantra de combater a inflação.

Foi o que fizeram nos tempos de FHC, é o que a direita faz pelo mundo afora, reduzindo salários, cortando direitos, ampliando o desemprego.

Aqui no Brasil não!

Olho vivo, trabalhadores/as!